A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

ACUADOS PELA VIOLÊNCIA, AMARRADOS PELA OMISSÃO.


Leram a reportagem de NILSON MARIANO intitulada "Acuados pela violência", publicada no Jornal Zero Hora, edição de dia 28/09/2008?

REPORTAGEM

"O que fazer quando o criminoso assoma à janela do carro e aponta o revólver contra a cabeça do seu filho pequeno? Como agir se um ladrão está arrombando a porta da casa, enquanto sua família dorme? É possível evitar a violência que a todos ameaça, a qualquer hora, sem tréguas?

No dia 11, o caderno ZH Moinhos publicou o e-mail do agente de viagens Émerson Paim, 36 anos, de Porto Alegre, fulminado pela impotência e pelo desespero ao ver uma arma engatilhada contra sua mulher e seu filho. Se já é traumatizante deparar com a criminalidade andando só, mais ainda se envolver familiares e amigos ao mesmo tempo.

O relato de Paim fez ZH buscar outros depoimentos igualmente estremecedores, de pessoas colhidas pela bandidagem quando estavam na companhia de seus afetos. São cinco histórias diferentes, mas unidas pelo mesmo drama: o medo adicional de perder o filho, o marido, a namorada, um amigo.

Não há receita que garanta ficar imune a roubos, assaltos e homicídios. Atenção e cautela ajudam a prevenir – ou pelo menos reduzir os danos. No entanto, autoridades da Polícia Civil e da Brigada Militar asseguram que uma das providências mais eficazes é não enfrentar delinqüentes armados.

– Se já é recomendável não reagir sozinho, pior ainda quando se está com a família – alerta o delegado de Roubos e Extorsões da Capital, Juliano Ferreira.

O comandante de Policiamento da Capital (CPC) da Brigada Militar, coronel Jarbas Vanin, apresenta números para demover quem cogita reagir. Observa que, dos 310 homicídios ocorridos em Porto Alegre neste ano, 76% foram execuções ou brigas entre gangues de traficantes. Apenas 7% foram latrocínios (roubo com morte). Desse percentual, 3,5% vitimaram motoristas que tentaram reagir em roubo de carros.

– Não banque o herói, não tente abordar um criminoso, de maneira alguma – aconselha o coronel.

É difícil sugerir como se comportar quando a violência surpreende. Para os delegados da Polícia Civil Cleber Lima (Gravataí) e Francisco Antoniuk (Alvorada), há duas posturas a perseguir: manter a calma e evitar gestos bruscos.

– O patrimônio, bem ou mal, pode ser recuperado. A vida, não – avisa o delegado Lima.

MOMENTO

Este é mais um fato que prova o momento crítico na convivência em sociedade. A polícia detem e a justiça, por força de lei, solta. O Legislativo fica debatendo as mudanças sem se preocupar com a necessidade e o clamor de seus eleitores, e o Executivo se faz de bonzinho depreciando ainda mais seus instrumentos de coação.

REAÇÃO

O Porto-alegrense poderá dar um grande exemplo para o país e para o Estado do Rio Grande do Sul, revivendo sua tradição política de não aceitar amarras, laços ou boleadeira lhe ensinando a "trotear". Como cidadão livre pode empregar a sua melhor arma que é a afirmação assinada e registrada manifestando o seu desacordo com a falta de liberdade e a insegurança nas ruas de Porto Alegre. Não existem policiais nas ruas, faltam policiais nas delegacias de polícia, não há promotores criminais e nem juizes de plantão em quantidade suficiente, a justiça é lerda, as leis são benevolentes e o representante político parece mais interessado nos seus problemas pessoais do que elaborar leis que dão consistência à ordem, estabelecem deveres e garantem direitos. E estas leis são para serem respeitadas, cumpridas e aplicadas.

O LEVANTE DE UM CIDADÃO LIVRE

Seja um multiplicador na sua rua. Colete assinaturas e as mande para a Governadora do RS, Presidente do Tribunal de Justiça e Presidente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Hoje é pela rua, amanhã pelo Brasil.

Mande seu email para receber a cartilha e os modelos de ABAIXO-ASSINADO.

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