VOZES NAS RUAS. Redes sociais unem causas - ZERO HORA 12/10/2011
Como se tornou recorrente na Primavera Árabe, as redes sociais mostraram eficiência para agregar causas políticas comuns. No movimento que agora se espalha pelos EUA não foi diferente. Ocupar Wall Street tem página no Facebook, conta no microblog Twitter e quatro blogs atualizados diretamente do Park Zuccotti, onde ativistas estão acampando.
Há internet, o lixo é recolhido e circula até uma revista do movimento. Ainda há dezenas de contas independentes nas redes sociais criadas por simpatizantes. Manuela Falcão, gaúcha que está em Nova York, passou pelo sul de Manhattan e classificou a estrutura do acampamento de uma “bagunça bem-organizada”. A pluralidade foi o que mais chamou a atenção:
– Boa parte das pessoas que estão protestando é de classe média e foi diretamente afetada pela crise. Mas tem de tudo, muitos idosos e até grupos anarquistas.
A similaridade com protestos no Oriente Médio é reconhecida por todos. Segundo o jornal online americano The Huffington Post, o ativista egípcio Mohammed Ezzeldin discursou na praça, ressaltando a semelhança com o movimento que derrubou o ditador Hosni Mubarak. A fundação de origem canadense Adbusters é considerada o embrião do Ocupar Wall Street, que começou em 17 de setembro pelo Facebook e pela lista de e-mails do grupo.
PALAVRAS QUE SE ESPALHAM NOS EUA
- Nós somos os 99%. (para diferenciá-los dos americanos mais ricos, 1% da população).
- Vocês viram a Primavera Árabe, venham conhecer o Outono Americano.
- Se eu tivesse um emprego, não estaria aqui
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