ZERO HORA 03/05/2014 | 14h46
Esquecer jamais. Caminhada em Santa Maria pede justiça no caso Bernardo. Familiares de vítimas da Kiss e de crimes violentos fizeram manifestação
por Marilice Daronco
Grupo carregou cartazes com fotos de Bernardo e pedidos de justiçaFoto: Gabriel Haesbaert / Especial
Uma caminhada na manhã deste sábado, em Santa Maria, reuniu cerca de 50 pessoas para homenagear Bernardo Boldrini, menino de 11 anos que desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, e foi encontrado morto no dia 14, no interior de Frederico Westphalen.
A manifestação foi organizada por familiares de vítimas da boate Kiss e famílias de vítimas de crimes violentos. Ela saiu da Praça Saldanha Marinho, com as pessoas carregando cartazes com fotos de Bernardo e pedidos de justiça. A maioria das frases pedia que a morte não seja esquecida, que os culpados sejam responsabilizados e lamentava que o pedido de socorro do garoto às autoridades — o menino havia procurado por ajuda no Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cededica), de Três Passos. O término da manifestação foi na Igreja das Dores, onde o padre Francisco Bianchini, o padre Xiko, fez uma bênção especial para as famílias.
— Participar de eventos como esses é importante para despertar a consciência da sociedade de que ela precisa mudar os seus valores e atitudes, para que haja mais amor ao próximo e mais solidariedade. Se não nos unirmos, as coisas continuarão como estão ou até tendem a piorar — afirma Irá Marta Beuren, 63 anos, mãe de Sílvio Beuren, morto na tragédia da boate Kiss.
O aposentado Eglon Pietrowski, 56 anos, não perdeu nenhum familiar em situações violentas, mas resolveu participar porque se sentiu sensibilizado com o assassinato de Bernardo.
— Chorei três dias seguidos por esta criança — contou Pietrowski.
Entre os participantes da caminhada, que ocorreu em Santa Maria porque ela é a cidade natal de Bernardo e onde ele foi sepultado, estavam alguns familiares do menino, como a prima dele Tuanny Uglione, 22 anos. Segundo ela, para a família, foi muito importante ver que algumas pessoas estão mobilizadas para que haja justiça no caso.
— Ele era uma criança, uma criança inocente, e isso mexe com as pessoas. Se ver uma morte injusta de um adulto já é difícil, imagine de uma criança, indefesa, que buscou ajuda e não foi ouvida — afirmou Tuanny.
Durante a bênção aos participantes, padre Xiko pediu que todos rezassem juntos o Pai Nosso e pediu que Maria olhe pelas famílias, lembrando que ela também perdeu um filho de forma injusta.
Esquecer jamais. Caminhada em Santa Maria pede justiça no caso Bernardo. Familiares de vítimas da Kiss e de crimes violentos fizeram manifestação
por Marilice Daronco
Grupo carregou cartazes com fotos de Bernardo e pedidos de justiçaFoto: Gabriel Haesbaert / Especial
Uma caminhada na manhã deste sábado, em Santa Maria, reuniu cerca de 50 pessoas para homenagear Bernardo Boldrini, menino de 11 anos que desapareceu no dia 4 de abril, em Três Passos, e foi encontrado morto no dia 14, no interior de Frederico Westphalen.
A manifestação foi organizada por familiares de vítimas da boate Kiss e famílias de vítimas de crimes violentos. Ela saiu da Praça Saldanha Marinho, com as pessoas carregando cartazes com fotos de Bernardo e pedidos de justiça. A maioria das frases pedia que a morte não seja esquecida, que os culpados sejam responsabilizados e lamentava que o pedido de socorro do garoto às autoridades — o menino havia procurado por ajuda no Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cededica), de Três Passos. O término da manifestação foi na Igreja das Dores, onde o padre Francisco Bianchini, o padre Xiko, fez uma bênção especial para as famílias.
— Participar de eventos como esses é importante para despertar a consciência da sociedade de que ela precisa mudar os seus valores e atitudes, para que haja mais amor ao próximo e mais solidariedade. Se não nos unirmos, as coisas continuarão como estão ou até tendem a piorar — afirma Irá Marta Beuren, 63 anos, mãe de Sílvio Beuren, morto na tragédia da boate Kiss.
O aposentado Eglon Pietrowski, 56 anos, não perdeu nenhum familiar em situações violentas, mas resolveu participar porque se sentiu sensibilizado com o assassinato de Bernardo.
— Chorei três dias seguidos por esta criança — contou Pietrowski.
Entre os participantes da caminhada, que ocorreu em Santa Maria porque ela é a cidade natal de Bernardo e onde ele foi sepultado, estavam alguns familiares do menino, como a prima dele Tuanny Uglione, 22 anos. Segundo ela, para a família, foi muito importante ver que algumas pessoas estão mobilizadas para que haja justiça no caso.
— Ele era uma criança, uma criança inocente, e isso mexe com as pessoas. Se ver uma morte injusta de um adulto já é difícil, imagine de uma criança, indefesa, que buscou ajuda e não foi ouvida — afirmou Tuanny.
Durante a bênção aos participantes, padre Xiko pediu que todos rezassem juntos o Pai Nosso e pediu que Maria olhe pelas famílias, lembrando que ela também perdeu um filho de forma injusta.
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