A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

PAIS E ALUNOS VETAM RETORNO DE DIRETORA

ZERO HORA 17 de setembro de 2012 | N° 17195

TENSÃO NA ESCOLA

Rejane Rybas havia sido afastada por suspeita de ter desviado verbas em Lajeado, Vale do Taquari

 ÁLISSON COELHO

Pais e alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental São João Bosco se mobilizam contra a volta da diretora em Lajeado, no Vale do Taquari. Afastada desde agosto, após sindicância da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) apontar irregularidades na gestão financeira da escola, Rejane Rybas obteve na Justiça o direito a retornar à função.

Partiu de funcionários do colégio a denúncia que motivou a sindicância, iniciada ainda em janeiro deste ano. Ao final do processo de análise, a comissão que avaliou a conduta da diretora concluiu, entre outras situações apontadas, que havia divergência entre o que constava nas notas fiscais apresentadas e o que foi comprado em materiais e merenda escolar.

A diretora estaria ainda utilizando verbas públicas em benefício próprio. Outra situação verificada pela sindicância foi a falta de consulta, por parte de Rejane, aos demais membros da direção da escola antes de fazer as compras.

– Foram praticados atos ilícitos quanto ao gerenciamento dos recursos públicos. Também houve má gestão geral dos repasses feitos à escola – destaca a coordenadora da 3ª CRE, Marisa Bastos.

Com base nas conclusões, a coordenadoria pediu o afastamento de Rejane, publicado no Diário Oficial em 2 de agosto. A diretora, que foi eleita e estava no cargo desde 2010, entrou na Justiça e obteve um mandado de segurança que garante sua volta à direção da escola.

Comunidade escolar ameaça paralisar aulas

Na segunda-feira passada, a diretora tentou retornar ao trabalho, mas foi surpreendida por uma manifestação de pais, alunos e funcionários da escola. Com faixas e cartazes, todos protestavam contra a volta de Rejane, que precisou deixar o colégio e ir para casa.

– Sabemos de pais que não vão mais mandar os filhos para as aulas se ela voltar. Alguns funcionários e professores também não aceitam trabalhar mais com ela, e o Círculo de Pais Mestres (CPM) deixará de atuar caso ela retorne – garante o presidente do CPM, Claudiomir Couto da Silva.


Contraponto
Procurada por ZH para falar sobre as denúncias e da polêmica quanto ao seu retorno, a diretora Rejane Rybas optou por não se manifestar no momento. Por meio de sua advogada, Márcia Schossler, afirmou que vai voltar a ocupar o cargo para o qual foi eleita.

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