GUILHERME MAZUI | BRASÍLIA
7 DE SETEMBRO. Planalto monitora planos de protesto
FIDARE - O Filhos da Revolução (Fidare) é ligado aos ativistas do Anonymous, sem líderes e filiações políticas. Defende o voto facultativo e a redução do número de deputados. Pela internet, faz discurso de combate à corrupção e critica alianças de Dilma, Lula e FH com apoiadores do regime militar.
BRAZIL NO CORRUPT - Saudosista do regime militar, incita nas redes sociais uma intervenção da caserna e cobra moralidade na política. Faz oposição à presidente, como o Movimento Brasil Sem PT. Recebe apoio do deputado Jair Bolsonaro (PP), conhecido pelas posições de extrema-direita e homofóbicas.
DIA DO BASTA - Tem discurso de combate à corrupção e à impunidade, além de apoio à educação. O grupo se declara apartidário. Cobra ética e moralidade no Legislativo, Executivo e Judiciário. No Rio de Janeiro, apoia a saída do governador Sergio Cabral. Defende o voto aberto no Congresso, o fim do foro privilegiado e a maior rigor contra corrupção.
BLACK BLOC - Anarquistas, defendem ideias contrárias à globalização e ao capitalismo. Ficaram conhecidos nas manifestações de junho pelos confrontos com a polícia e os atos de vandalismo. Com discurso apartidário e de combate à corrupção, realizam protestos violentos e atuam com os rostos cobertos, com camisas ou lenços negros.
A OPERAÇÃO 7 DE SETEMBRO - Trata-se de um movimento que se diz apartidário e que convoca protestos em todo o Brasil para o dia 7 de setembro
- Cada cidade é responsável pela organização do seu protesto.
- A definição das reivindicações também é descentralizada.
- No entanto, há sugestão de pautas nacionais. Confira: fim do voto obrigatório, redução do número de deputados e reforma tributária.
7 DE SETEMBRO. Planalto monitora planos de protesto
Governo confirma Dilma em desfile e vigia redes sociais para evitar surpresa
Ressabiado pelas manifestações de junho, o governo federal monitora as redes sociais para evitar novas surpresas no 7 de setembro. O Planalto teme os efeitos de outra onda de protestos, capaz de gerar confrontos e abalar a imagem em recuperação da presidente Dilma Rousseff.
A inteligência do governo acompanha a movimentação virtual de grupos que convocam protestos, como a Operação 7 de Setembro (OP7). Inspirada pelos ativistas do Anonymous, em seu site oficial ou em páginas no Facebook, a operação conclama o povo a realizar no Dia da Independência “o maior protesto da história do Brasil”. Há manifestações previstas para 162 cidades do país, 15 delas no RS. Em muitos municípios, os atos serão simultâneos ao desfile cívico-militar.
– A presidente deu uma segunda chance à inteligência. Todos sabem que, se o governo for surpreendido de novo, algumas cabeças vão rolar – relata um assessor do palácio.
Os protestos devem manter as reclamações sobre serviços públicos (transporte, saúde e educação) e gastos com a Copa. A retomada do julgamento do mensalão vai reforçar o coro pela prisão dos condenados, e ainda existe o temor de críticas à contratação de médicos cubanos.
O ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, tenta desvendar o perfil dos organizadores dos atos, se Dilma é alvo dos protestos e a possível influência de organismos de extrema-direita ou partidos de oposição. Carvalho se reuniu com estudiosos dos movimentos sociais.
Brasília é um local visto com potencial de confronto. O ato da OP7 está marcado para a manhã, com o desfile. De um lado do Eixo Monumental, via cortada pelo gramado da Esplanada, vão marchar militares. No lado oposto, passarão os manifestantes.
O protesto chegou a alimentar a possibilidade de Dilma não acompanhar a parada. Mas o governo avaliou que a ausência abalaria a imagem da petista. O Planalto confirma Dilma no desfile e, no mesmo dia, um pronunciamento em cadeia de rádio e TV. A organização das manifestações garante que a presidente não é alvo da OP7.
– Nosso ato é contra corrupção, não contra Dilma ou partidos. Queremos uma maior conscientização das pessoas e uma política mais justa – afirma a universitária Thai Barbosa, que convoca o protesto pelo Facebook.
UM ROL DE DESCONTENTES
Ressabiado pelas manifestações de junho, o governo federal monitora as redes sociais para evitar novas surpresas no 7 de setembro. O Planalto teme os efeitos de outra onda de protestos, capaz de gerar confrontos e abalar a imagem em recuperação da presidente Dilma Rousseff.
A inteligência do governo acompanha a movimentação virtual de grupos que convocam protestos, como a Operação 7 de Setembro (OP7). Inspirada pelos ativistas do Anonymous, em seu site oficial ou em páginas no Facebook, a operação conclama o povo a realizar no Dia da Independência “o maior protesto da história do Brasil”. Há manifestações previstas para 162 cidades do país, 15 delas no RS. Em muitos municípios, os atos serão simultâneos ao desfile cívico-militar.
– A presidente deu uma segunda chance à inteligência. Todos sabem que, se o governo for surpreendido de novo, algumas cabeças vão rolar – relata um assessor do palácio.
Os protestos devem manter as reclamações sobre serviços públicos (transporte, saúde e educação) e gastos com a Copa. A retomada do julgamento do mensalão vai reforçar o coro pela prisão dos condenados, e ainda existe o temor de críticas à contratação de médicos cubanos.
O ministro da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, tenta desvendar o perfil dos organizadores dos atos, se Dilma é alvo dos protestos e a possível influência de organismos de extrema-direita ou partidos de oposição. Carvalho se reuniu com estudiosos dos movimentos sociais.
Brasília é um local visto com potencial de confronto. O ato da OP7 está marcado para a manhã, com o desfile. De um lado do Eixo Monumental, via cortada pelo gramado da Esplanada, vão marchar militares. No lado oposto, passarão os manifestantes.
O protesto chegou a alimentar a possibilidade de Dilma não acompanhar a parada. Mas o governo avaliou que a ausência abalaria a imagem da petista. O Planalto confirma Dilma no desfile e, no mesmo dia, um pronunciamento em cadeia de rádio e TV. A organização das manifestações garante que a presidente não é alvo da OP7.
– Nosso ato é contra corrupção, não contra Dilma ou partidos. Queremos uma maior conscientização das pessoas e uma política mais justa – afirma a universitária Thai Barbosa, que convoca o protesto pelo Facebook.
UM ROL DE DESCONTENTES
Veja os grupos que devem realizar protestos no feriado
FIDARE - O Filhos da Revolução (Fidare) é ligado aos ativistas do Anonymous, sem líderes e filiações políticas. Defende o voto facultativo e a redução do número de deputados. Pela internet, faz discurso de combate à corrupção e critica alianças de Dilma, Lula e FH com apoiadores do regime militar.
BRAZIL NO CORRUPT - Saudosista do regime militar, incita nas redes sociais uma intervenção da caserna e cobra moralidade na política. Faz oposição à presidente, como o Movimento Brasil Sem PT. Recebe apoio do deputado Jair Bolsonaro (PP), conhecido pelas posições de extrema-direita e homofóbicas.
DIA DO BASTA - Tem discurso de combate à corrupção e à impunidade, além de apoio à educação. O grupo se declara apartidário. Cobra ética e moralidade no Legislativo, Executivo e Judiciário. No Rio de Janeiro, apoia a saída do governador Sergio Cabral. Defende o voto aberto no Congresso, o fim do foro privilegiado e a maior rigor contra corrupção.
BLACK BLOC - Anarquistas, defendem ideias contrárias à globalização e ao capitalismo. Ficaram conhecidos nas manifestações de junho pelos confrontos com a polícia e os atos de vandalismo. Com discurso apartidário e de combate à corrupção, realizam protestos violentos e atuam com os rostos cobertos, com camisas ou lenços negros.
A OPERAÇÃO 7 DE SETEMBRO - Trata-se de um movimento que se diz apartidário e que convoca protestos em todo o Brasil para o dia 7 de setembro
- No Brasil, manifestações estão agendadas em 162 cidades. No Rio Grande do Sul, há 15 municípios com protestos previstos.
- Cada cidade é responsável pela organização do seu protesto.
- A definição das reivindicações também é descentralizada.
- No entanto, há sugestão de pautas nacionais. Confira: fim do voto obrigatório, redução do número de deputados e reforma tributária.
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