DO RIO
Policiais militares e manifestantes entraram em confronto mais uma vez ontem à noite no Rio. A confusão começou por volta de 23h15, quando um grupo que fizera um protesto no centro começava a dispersar no Largo do Machado, na zona sul.
Os manifestantes desciam pela rua do Catete quando encontraram o Batalhão de Choque. Não foi possível determinar quem começou o conflito. Policiais jogaram bombas de gás lacrimogêneo e usaram spray de pimenta.
Mais cedo, por volta das 20h30, tinha havido um conflito de pequena dimensão entre manifestantes e policiais em frente à Assembleia Legislativa, no centro.
Um homem foi preso sob acusação de ter quebrado a vidraça de uma agência bancária. Manifestantes tentaram impedir a prisão e houve um início de confusão. Alguns acusaram policiais de terem usado armas de choque elétrico para contê-los.
Antes de chegarem à Assembleia eles tinham fechado, por 20 minutos, a avenida Rio Branco, no centro. Após a prisão, o grupo, de cerca de 100 pessoas, na estimativa da PM, se dirigiu à delegacia para onde o homem tinha sido levado --ele foi solto logo depois. De lá decidiram seguir, mais uma vez, para o Palácio Guanabara.
Quando começavam a dispersar, após desistir de seguir para o palácio, houve a confusão. Até a conclusão desta edição não havia detidos.
PROFESSORES
Professores da rede estadual do Rio, em greve desde o dia 12 de agosto, fizeram ontem à tarde um protesto próximo ao prédio em que mora o governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, e fecharam as pistas da av. Delfim Moreira por uma hora.
A manifestação, pacífica, reuniu pouco mais de cem manifestantes, de acordo com a PM. Professores agitavam bandeiras e entoavam palavras de ordem como "a educação parou". Por volta das 16h30, a direção do sindicato chegou para passar informações sobre uma reunião com integrantes do governo do Estado. Ao se aglomerarem para ouvir o informe, os grevistas fecharam as pistas da avenida. Os professores reivindicam reajuste de 28%. Cabral deu aumento de 8%
Bruno Poppe/Frame/Folhapress
Manifestantes saem da Cinelândia em direção à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde houve confronto com a polícia
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