Pedras e baderna na Capital. Grupo de esquerda comandou manifestação contra aumento da passagem do ônibus, ontem à noite, no centro de Porto Alegre
A prefeitura de Porto Alegre foi atacada com pedras, bolas de gude, tinta e frutas em manifestação ontem à noite, em protesto contra o aumento do preço das passagens de ônibus. O secretário de Governança da prefeitura, Cézar Busatto, que tentou negociar com centenas de pessoas, foi atingido por tinta na camisa, rosto e cabelo, e definiu o ato como de “animais querendo guerra”.
Partiu de indivíduos e movimentos com ascendente atuação política na Capital a explosão de fúria contra o aumento da passagem de ônibus para R$ 3,05. O ato chegou a manter cerrados dentro do Paço Municipal o vice-prefeito Sebastião Melo, secretários, vereadores e servidores públicos.
O protesto, que culminou na depredação do prédio da prefeitura e de viaturas da Guarda Municipal, foi convocado via Facebook por estudantes e jovens ligados a PSOL, PT, PSTU e radicais anarquistas. Agregados, eles formaram o Bloco de Luta pelo Transporte Público.
O grupo não se limita à união de universitários. Desde janeiro, está encorpado pelo apoio de alas de funcionários das concessionárias do transporte público. Eles fazem oposição à direção do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre. Com a adesão dos trabalhadores, o bloco ganhou mais força para apresentar a sua principal bandeira: redução imediata do valor da passagem de ônibus para R$ 2,60.
DCEs se posicionaram à frente do movimento
Bandeiras do PSTU foram vistas, mas não é hábito a explícita identificação partidária. Nos protestos, costumam se mostrar como integrantes dos chamados coletivos, como o Juntos, ligado ao PSOL, que esteve na organização da manifestação. Também se posicionaram à frente do movimento os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) de PUC e UFRGS, ambos comandados em conjunto por militantes e simpatizantes do PSOL, PT e PSTU, além de anarquistas que não permitem a “partidarização” dos protestos.
No Facebook, um dos mentores do levante foi Lucas Maróstica, integrante do coletivo Juntos e funcionário do gabinete da vereadora Fernanda Melchionna (PSOL). A parlamentar, que participou de outro protesto, este na Câmara de Vereadores, foi vista em frente à prefeitura. Ela confirma a presença, mas alega que foi ao local apenas para “mediar” e serenar os ânimos.
CARLOS ROLLSING E LETÍCIA COSTA
LEITOR REGISTRA EM VÍDEO
Muito próximo ao ocorrido, leitor registrou o ato de vandalismo que depredou o prédio da Prefeitura na noite de ontem. Na cena, jovens aparecem quebrando os vidros das janelas e destruindo duas motocicletas em plena Praça Montevidéu.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Que se faça uma reação popular contra o aumento de passagens, mas de forma pacífica e civilizada, sem vandalismo ou ataque à prédios, à policiais e pessoas. Todo o propósito da mobilização perde a confiança e o apoio popular quando a massa é usada como instrumento totalitário e anarquista.
A prefeitura de Porto Alegre foi atacada com pedras, bolas de gude, tinta e frutas em manifestação ontem à noite, em protesto contra o aumento do preço das passagens de ônibus. O secretário de Governança da prefeitura, Cézar Busatto, que tentou negociar com centenas de pessoas, foi atingido por tinta na camisa, rosto e cabelo, e definiu o ato como de “animais querendo guerra”.
Partiu de indivíduos e movimentos com ascendente atuação política na Capital a explosão de fúria contra o aumento da passagem de ônibus para R$ 3,05. O ato chegou a manter cerrados dentro do Paço Municipal o vice-prefeito Sebastião Melo, secretários, vereadores e servidores públicos.
O protesto, que culminou na depredação do prédio da prefeitura e de viaturas da Guarda Municipal, foi convocado via Facebook por estudantes e jovens ligados a PSOL, PT, PSTU e radicais anarquistas. Agregados, eles formaram o Bloco de Luta pelo Transporte Público.
O grupo não se limita à união de universitários. Desde janeiro, está encorpado pelo apoio de alas de funcionários das concessionárias do transporte público. Eles fazem oposição à direção do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre. Com a adesão dos trabalhadores, o bloco ganhou mais força para apresentar a sua principal bandeira: redução imediata do valor da passagem de ônibus para R$ 2,60.
DCEs se posicionaram à frente do movimento
Bandeiras do PSTU foram vistas, mas não é hábito a explícita identificação partidária. Nos protestos, costumam se mostrar como integrantes dos chamados coletivos, como o Juntos, ligado ao PSOL, que esteve na organização da manifestação. Também se posicionaram à frente do movimento os Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) de PUC e UFRGS, ambos comandados em conjunto por militantes e simpatizantes do PSOL, PT e PSTU, além de anarquistas que não permitem a “partidarização” dos protestos.
No Facebook, um dos mentores do levante foi Lucas Maróstica, integrante do coletivo Juntos e funcionário do gabinete da vereadora Fernanda Melchionna (PSOL). A parlamentar, que participou de outro protesto, este na Câmara de Vereadores, foi vista em frente à prefeitura. Ela confirma a presença, mas alega que foi ao local apenas para “mediar” e serenar os ânimos.
CARLOS ROLLSING E LETÍCIA COSTA
LEITOR REGISTRA EM VÍDEO
Muito próximo ao ocorrido, leitor registrou o ato de vandalismo que depredou o prédio da Prefeitura na noite de ontem. Na cena, jovens aparecem quebrando os vidros das janelas e destruindo duas motocicletas em plena Praça Montevidéu.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Que se faça uma reação popular contra o aumento de passagens, mas de forma pacífica e civilizada, sem vandalismo ou ataque à prédios, à policiais e pessoas. Todo o propósito da mobilização perde a confiança e o apoio popular quando a massa é usada como instrumento totalitário e anarquista.
Um comentário:
Amigo Jorge, esse é um post muito importante. Gostaria de acrescentar ao esforço de conscientização do reação popular, dizendo que situações como essa precisam ser bem observadas e repensadas. Eu chegaria ao exagero de dizer que não importam as motivações politicas nem se quer pessoais de quaisquer um dos envolvidos. Na verdade quero propor uma visão diferente sobre a questão do conflito de interesses e a politica como a conhecemos. A maneira de lidar com o choque de interesses, tem sido o mesmo ao longo de seculos e no fim a coisa fica engessada, sem avanços significativos. Dessa forma nossa democracia corre o risco de ficar desgastada, coisa que não interessa a nenhum Homem que se prese. Digo que é chegada a hora de analisarmos a questões pelo lado estrito da legitimidade. Toda forma de manifestação popular é desejável na atual conjuntura. Vivemos um período sombrio de avacalhação da atividade publica. Não desejo dar palavra final, mas rogo que evoluamos na forma de encarar essa questão. Precisamos fazer um esforço de fugir ao modelo estéril de partidarização da ação popular. Não existirão ações perfeitas, o importante é que haja mobilização. Só devemos observar a coisa com o rigor que isso não ultrapasse limites aceitáveis. No fim o cuidado que todos os lados envolvidos devem ter é, evitar ações que revelem covardia, ato que desabona a ação de qualquer homem. Vamos ao confronto na justa medida, sem a covardia que ameça nosso modo humano de vida.
Parabéns e continue em sua luta por um Brasil de Homens.
Postar um comentário