A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
PROTESTO EXIGE SOLUÇÃO MAIS RÁPIDA PARA CASOS DE MORTE VIOLENTE
Protesto em Copacabana pede solução mais rápida para casos de mortes violentas e solução para o caso de engenheira Patrícia Amieiro - Rafaela dos Santos - O Globo, EXTRA, 01/11/2011
A ONG Rio de Paz organizou, na manhã desta terça-feira, um protesto na Praia de Copacabana contra a grande quantidade de mortes violentas no Estado do Rio. No protesto, estavam presentes familiares e amigos de pessoas que morreram em decorrência da violência urbana no Rio, como a juíza Patrícia Acioli, o jornalista Tim Lopes e Gabriela Prado, de 14 anos, que morreu com uma bala perdida numa estação do metrô em 2003. Os parentes da engenheira Patricia Amieiro, declarada morta depois de ficar desaparecida por três anos, também estavam presentes.
Na areia foi fincada a cruz com o molde de um corpo de plástico estendido no chão e uma placa que informava as 30.810 mortes violentas no estado, registradas de janeiro de 2007 e julho de 2011. Também foram deixados na areia vasos de flores e retratos de Patricia Amieiro. O pai da engenheira, Antonio Celso de Franco, disse que a cruz fincada na areia de Copacabana serve para representar as famílias injustiçadas.
- Espero que esse protesto ajude a solucionar de forma mais rápida os casos de mortes violentas no Rio - disse, acrescentando que três anos após a Justiça ter declarado a morte presumida de Patrícia, em junho deste ano, ele ainda espera a certidão de óbito da filha.
O presidente da ONG, Antonio Carlos Costa, disse que são necessários três pontos básicos para acabar com essas mortes:
- O primeiro deles é o investimento na Polícia Civil para que ela possa fazer um trabalho de investigação mais sério. Depois é preciso combater as mortes violentas e, por fim, realizar uma pesquisa mais completa para solucionar os casos.
A cruz fincada nas areias de Copacabana é a mesma que estava na Praia de Icaraí, em Niterói, que cobrava resultados na investigação do assassinato da juíza Patrícia Acioli. Com a solução do caso e a prisão dos suspeitos, a família da vítima decidiu buscar nova função para o símbolo de protesto, e enviou a imagem para Copacabana como forma de cobrar agilidade nas investigações do assassinato da engenheira. No domingo, familiares da juíza e da engenheira acompanharam a retirada da cruz.
Engenheira desapareceu em 2008
A engenheira Patrícia Amieiro Branco de Franco desapareceu em 14 de junho de 2008, depois de sair de uma casa de shows no Morro da Urca. O carro de Patrícia foi encontrado nas pedras, junto à Lagoa de Marapendi, a cerca de 25 km de sua casa. Quatro policiais militares são acusados de terem matado a engenheira e desaparecido com seu corpo, mas eles foram inocentados em inquérito da Corregedoria da PM. Exatos três anos após seu desaparecimento, a Justiça do Rio declarou a morte presumida da engenheira.
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