A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UM ESFORÇO PELA VIDA DOS CIDADÃOS DE BEM

VAREJO CONTRA O CRIME - SERGIO MEDEIROS, PRESIDENTE DA FCDL/SC - DIARIO CATARINENSE, 09/11/2011

A recente perda de um companheiro lojista no Sul do Estado, vítima de covardia praticada por menor de idade, mostrou que a criminalidade atingiu níveis intoleráveis e que devemos nos mobilizar com urgência e permanentemente. Luiz Ceolin Izidoro, 49 anos, proprietário de uma pequena joalheria em Forquilhinha, era vice-presidente da CDL local e sua morte ilustra os riscos a que estão expostos os comerciantes de micro, pequeno e médio porte. Os estabelecimentos comerciais têm mercadorias, dinheiro vivo ou cheques e isso é tudo o que precisam os assaltantes, que agem com violência contra os proprietários e seus familiares.

O pequeno varejo tem limitações na proteção. Na periferia das cidades maiores, muitos pontos de venda já trabalham com grades durante o dia, cerram as portas tão logo anoitece e perderam a conta de quantas vezes foram assaltados. A quadrilha que matou nosso colega no Sul do Estado agiu com premeditação e tinha menores de idade na linha de frente, como é recorrente no crime organizado. Desprezou as câmeras de segurança, como tem sido costume. Não podemos ficar calados ou inertes diante de tamanha brutalidade e ousadia dos criminosos. Precisamos que o governo redobre os seus esforços na oferta de policiamento ostensivo, além de preparar e equipar a polícia investigativa e ampliar os sistemas de vigilância.

Em paralelo, a comunidade empresarial deve iniciar uma mobilização junto aos parlamentares federais para que promovam reformas no Código Penal, que é por demais brando em relação aos crimes contra a vida. E no Código Processual, que permite chicanas jurídicas que preservam autores de crimes bárbaros. É preciso revisar também as leis que definem como as penas serão cumpridas, impedindo que estendam benefícios a quadrilheiros reincidentes. Nossa mobilização é um esforço pela vida dos cidadãos de bem.

Nenhum comentário: