ZERO HORA QG DIGITAL - 27/08/2102
Garota de 13 anos mostra no Facebook as dificuldades do ensino público 27 de agosto de 2012
Juliana Sakae
Isadora
Faber, 13 anos, tem um celular na mão e uma conta no Facebook. Mesmo
com uso proibido durante as aulas, os dois se tornaram instrumento de
uma pequena revolução na Escola Básica Maria Tomázia Coelho, no
Santinho, em Florianópolis. No começo de julho, a garota criou a página Diário de Classe
em que publica fotos e vídeos das dificuldades da escola pública, como a
falta de manutenção na escola e de professores titulares.
Na
timeline, é possível ver imagens de fiação exposta, vidro, mesa e
maçaneta quebrados, lixeira usada com balde para conter goteiras. "Eu e
meus colegas estávamos sempre reclamando. Aí um dia minha irmã mais
velha me mostrou um blog de uma aluna e resolvi fazer algo parecido",
conta Isadora. Não apenas reclamações são postadas, mas também a
evolução ou solução do problema. Quando a porta foi consertada e
enfeitada, a garota escreveu: "Antes tínhamos colocado uma porta toda
quebrada, só que trocaram por essa que está novinha e queremos mostrar
pra vocês" (foto ao lado).
A página, que na quinta-feira tinha 4
mil curtidores, tem hoje mais de 20 mil fãs que apoiam a estudante - e o
número não para de crescer. Mas o sucesso alcançado se limita ao mundo
virtual. Segundo a mãe de Isadora, Mel Faber, professores, colegas e até
as merendeiras da escola a discriminaram por considerarem a atitude da
garota negativa para a instituição. "Foi bem difícil para ela, mas estou
com esperança de que isso vai mudar", diz Mel, se referindo aos
acontecimentos do último dia. Jornais do Brasil inteiro ligaram para
entrevistar a garota nesta segunda-feira, e junto com a repercussão,
uma das professoras pediu desculpas à Isadora. "Quando ela criou, falei
que ela teria de enfrentar a vida real, fora do Facebook. No início, um
dos colegas disse que ela deveria procurar outra escola. Ela respondeu
que queria melhorar a escola, e não fugir da situação", conta.
Para
a mãe, a garota sofreu pressões e represálias grandes para uma
adolescente de apenas 13 anos. Mas a garota sustenta com a voz doce:
"Sempre vai ter gente contra. Mas pelo menos muitas coisas melhoraram".
Segundo
a Agência Estado, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de
Educação de Florianópolis dará seu posicionamento apenas após uma
reunião agendada com a secretária de Educação e a diretora da escola. O
objetivo é checar o que procede e o que não procede nas postagens.
COMENTÁRIOS
maurício diz: 27 de agosto de 2012 - parabéns Isa! continue assim! Eu
sou acadêmico da 5ª fase de Psicologia e sou deficiente visual, e você
merece realmente os parabéns, pela coragem! Eu não te conheço, você não
me conhece, mas está de parabéns! Pois são das pequenas atitudes que se
surgem as grandes espectativas, as grandes oportunidades e herois como
você! Parabéns pela garra e valentia! Mostrastes aos teus colegas, que
ao invez de desistir e fugir, você enfrentou de verdade a batalha. Pena
que nem todos os jovens da minha e da sua idade são tão valentes para
lutar contra as adversidades da vida e do nosso país tão desigual.
Qualquer coisa que queira algum tipo de ajuda, nem que seja um amigo,
conte comigo para o que for, meu e-mail é mauriciohp17@gmail.com
Mais uma vez parabéns!
Fabrício Kayser diz: 27 de agosto de 2012 - O principal problema da
crise da educação brasileira, é sem dúvida alguma, a falta de
investimento (dinheiro) em educação. Assistir a fala institucional de
nossos governantes e de seus secretários, beira o deboche, pois a
educação infelizmente não é prioridade e sem recursos financeiro pouco
se pode fazer.
Luis diz: 27 de agosto de 2012 - Tomara que a
moda pegue. Vamos expor aquilo que os governantes nos impedem de ver,
que a imprensa não consegue mostrar, ou pior, não quer . Aquilo que as
assessorias de imprensa tentam abafar. Hospitais, postos de saúde, etc,
etc. E o vice do candidato \"oficial\" do Babaluf vendendo a ilusão das
mil maravilhas com escolas e crreches. Nada como um choque de
realidadse, de verdade. Voces da imprensa, vigiem as pressões que esta
família vai sofrer.
Sidney Souza diz: 28 de agosto de 2012 -
Isa, você fez o que muita gente não faz, prefere reclamar, reclamar e
reclamar acabando com isso fazendo parte do problema, você tá de
parabéns, resolveu fazer parte da solução, continue assim.
Carlos Eduardo diz: 28 de agosto de 2012 - Está acontecendo o seguinte:
uma pessoa com a coragem e atitude do exercício democrático encontra a
principal dificuldade no ambiente, nada democrático de um espaço público
do estado. Ela tem atitude positiva,construtiva e desenvolve o senso
crítico de modo saudável,o que a educação deve primar. A idade em nada é
precoce, o que a mãe expressa é o passado mas o presente exige de um
jovem algo deste nível, basta ver nos paises desenvolvidos a juventude
em todo o potencial e com todo o suporte da sociedade. Somos um país
retardatário, isto é uma realidade, e em muito se deve exatamente ao
modelo subproducente que é aplicado no ensino, imposto a nós pelos
maiores concorrentes, os norteamericanos, os mesmos que sempre disseram
que não teriam menor interesse no sucesso do Brasil em desenvolver a
tecnologia de foguetes espaciais, em ver a base de Alcântara ter
sucesso.
Maurício Oliveira de Souza diz: 28 de agosto de 2012
- Enquanto não valorizarnos os professores com bom salário, a educação
vai ficar cada vez pior. Quem vai querer ser professor hoje em dia para
enfrentar muitos adolescentes sem limites e educação dentro de uma sala
com 40 pessoas diferentes. A família não cobra mais dos seus filhos. A
educação vai mal também porque os jovens não estudam mais em casa como
antigamente. É melhor trabalhar atrás de um balcão, ganhar mais e não se
encomodar. Quem tem hoje um bom estudo não vai querer ser professor,
por isso os profissionais que chegam na sala de aula são aqueles que não
tiveram outra opção. O advogado, piscólogo,médico atende uma pessoa por
vez e o professor tem que atender 40 ao mesmo tempo. Tomara que falte
professor no futuro, para a sociedade dar valor. Tomara que ninguém
queira fazer faculdade para ser professor pois assim esse país vai ter
que pagar um salário muito alto para os professores voltarem para a sala
de aula.
paulo pereira diz: 28 de agosto de 2012 - Parabéns
Isadora. Sou filho da REVOLUÇÃO de 64, depois dos CARAS PINTADAS, não
houve manifestações de qualquer aluno por uma educação de qualidade. Só o
Professor ou poucos Professores nas escolas não qualificam uma EDUCAÇÃO
na sua TOTALIDADE. Os GOVERNOS deveriam primeiro oferecer uma ESTRUTURA
FÍSICA após, contar com PROFISSIONAIS (PROFESSORES QUALIFICADOS),
depois oferecer a quem de DIREITO ( O ALUNO) Pena que eles (governo)
sempre começam com o ALUNO, depois dão um JEITINHO na estrutura física e
por último vão achar o Professor.
Thiago diz: 28 de agosto de
2012 - Onde estão os direitos humanos? Devem estar preocupados mais
com as condições dos presídios e esquecerão das escolas.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - TEM LUZ NO FINAL DO
TÚNEL!!!!! O meu indicador de nível de otimismo em relação ao futuro do
Brasil ganhou energia extra com esta iniciativa de uma menina de 13
anos. É sinal que o povo brasileiro vai acordar com a nova geração que
está chegando. O clamor popular se acende neste exemplo infantil com
poder de mostrar aos adultos um comportamento que pode se livrar das
mordaças, das amarras, da inércia coletiva, da tolerância das mazelas
dos Poderes, do decrédito nos instrumentos de cidadania, e do silêncio
que acomoda e favorece os oportunistas, os irresponsáveis, a ganância
tributária, a corrupção, os saques indevidos aos cofres públicos, os
desvios de recursos da educação e da saúde, as improbidades, a
impunidade e o desgoverno, entre outros males.
A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
A VOZ DO CIDADÃO
EDITORIAL
O recente episódio de rapinagem num depósito do Detran, em Porto Alegre, ganhou amplitude porque algumas pessoas lesadas não se conformaram e fizeram alarde. Daí se tira uma lição indispensável para a cidadania: reclamar é preciso. Todo cidadão, contribuinte ou consumidor que se sentir enganado ou prejudicado tem que usar os recursos disponíveis para denunciar, para exigir tratamento digno, para fazer valer os seus direitos. Em tempos de internet e de acesso fácil a qualquer endereço, não há por que se conformar com imposições, com inconsistências ou com evasivas.
O primeiro mandamento do cidadão consciente é informar-se sobre seus direitos e, obviamente, também sobre os seus deveres. E ambos devem ser exercitados na mesma dimensão. Com as informações adequadas, qualquer indivíduo pode levar suas demandas até mesmo às mais altas autoridades da nação. E as relações das pessoas com os fornecedores de produtos e serviços, sejam eles órgãos públicos ou entidades privadas, têm que ser uma via de mão dupla: quem trabalha, paga impostos e cumpre suas obrigações pode e deve exigir reciprocidade daqueles que lhes prestam serviço, especialmente na área pública. Os governos e seus concessionários nada mais são do que colaboradores do cidadão.
Numa democracia, o maior poder está com os indivíduos e não com aqueles que eventualmente comandam o Estado, pois a liberdade de expressão permite que qualquer pessoa seja ouvida por muitas outras. Se a sua causa for justa, certamente obterá adesões e formará a massa crítica que altera decisões e políticas públicas. Além disso, a democracia também abriga um instrumento poderoso, chamado imprensa independente, que tem a procuração informal do cidadão para ampliar sua voz e fazer com que seja ouvida.
O recente episódio de rapinagem num depósito do Detran, em Porto Alegre, ganhou amplitude porque algumas pessoas lesadas não se conformaram e fizeram alarde. Daí se tira uma lição indispensável para a cidadania: reclamar é preciso. Todo cidadão, contribuinte ou consumidor que se sentir enganado ou prejudicado tem que usar os recursos disponíveis para denunciar, para exigir tratamento digno, para fazer valer os seus direitos. Em tempos de internet e de acesso fácil a qualquer endereço, não há por que se conformar com imposições, com inconsistências ou com evasivas.
O primeiro mandamento do cidadão consciente é informar-se sobre seus direitos e, obviamente, também sobre os seus deveres. E ambos devem ser exercitados na mesma dimensão. Com as informações adequadas, qualquer indivíduo pode levar suas demandas até mesmo às mais altas autoridades da nação. E as relações das pessoas com os fornecedores de produtos e serviços, sejam eles órgãos públicos ou entidades privadas, têm que ser uma via de mão dupla: quem trabalha, paga impostos e cumpre suas obrigações pode e deve exigir reciprocidade daqueles que lhes prestam serviço, especialmente na área pública. Os governos e seus concessionários nada mais são do que colaboradores do cidadão.
Numa democracia, o maior poder está com os indivíduos e não com aqueles que eventualmente comandam o Estado, pois a liberdade de expressão permite que qualquer pessoa seja ouvida por muitas outras. Se a sua causa for justa, certamente obterá adesões e formará a massa crítica que altera decisões e políticas públicas. Além disso, a democracia também abriga um instrumento poderoso, chamado imprensa independente, que tem a procuração informal do cidadão para ampliar sua voz e fazer com que seja ouvida.
terça-feira, 21 de agosto de 2012
UM GUERREIRO CIBERNÉTICO E A LIVRE INFORMAÇÃO
JORNAL DO COMÉRCIO 21/08/2012
EDITORIAL
O mundo sempre precisou de heróis. Na luta contra o mal e, mais ainda, quando esse cavaleiro combate os poderosos. Esse parece ser o caso de Julian Assange. Muitos foram ao delírio quando ele apareceu na sacada da embaixada do Equador em Londres, onde ele está recluso há dois meses. O famoso australiano de 41 anos conhece a dimensão internacional de seu caso e, em seu breve discurso, agradeceu a vários países da América Latina. Assange se transformou em um “ciberguerreiro” da liberdade de expressão que se tornou um pesadelo para Washington desde que começou a publicar milhares de documentos secretos sobre as guerras no Iraque e Afeganistão. Então, não é apenas no Brasil que a liberdade da informação circula livremente, porém, às vezes, com algumas vozes querendo cerceá-la. No caso da imprensa, temos os remédios jurídicos para os excessos e os crimes de calúnia, injúria e difamação. O fundador do WikiLeaks tenta evitar a sua extradição para a Suécia, mas a Suprema Corte da Grã-Bretanha ratificou o mandado de prisão emitido contra ele em dezembro de 2010.
A decisão contra Assange veio dias depois de completados dois anos da prisão de Bradley Manning, soldado estadunidense que serviu no Iraque, e quem transferiu para Julian Assange e seu WikiLeaks documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos (EUA). Assange não foi formalmente acusado de cometer qualquer crime, mas foi mantido em prisão domiciliar desde que a Suécia emitiu um mandado de detenção europeu. O mandado de detenção foi expedido sob a acusação de estupro, coerção ilegal e assédio sexual, mas não foi emitido por um juiz, porém por um procurador que busca questionar Assange na Suécia. A defesa argumenta que o mandado é parte de uma tentativa do governo dos EUA - algo negado pela Casa Branca, obviamente - para puni-lo pelas publicações no site. Em abril de 2010, o WikiLeaks divulgou um vídeo do Exército dos EUA que mostra “mortes colaterais” quando um helicóptero Apache matou pelo menos 12 civis iraquianos, entre os quais um cinegrafista da Reuters e seu motorista. Em julho de 2010, o WikiLeaks divulgou diários de guerra do Afeganistão: milhares e milhares de comunicações secretas de militares norte-americanos que expõem o registro oficial da ocupação violenta do Afeganistão, o número de vítimas civis e eventos que poderiam ser classificados como crimes de guerra. Poucas semanas depois, as autoridades suecas emitiram um mandado de prisão.
O Reino Unido avaliou o pedido de extradição feito pelo juiz espanhol Baltasar Garzón para processar o ex-ditador chileno Augusto Pinochet pelos casos de tortura cometidos durante seu governo entre 1973 e 1990. Pinochet foi detido durante uma viagem a Londres em 1998. Após 16 meses, os tribunais britânicos decidiram que Pinochet fosse extraditado à Espanha, mas o governo interveio e anulou a sentença, permitindo a Pinochet voltar ao Chile. Tanto o juiz Garzón quanto Julian Assange enfrentaram poderosos interesses. Bradley Manning está sendo acusado pelos mesmos motivos. Suas vidas mudaram em diferentes graus, para sempre. Suas liberdades, suas carreiras e suas reputações foram ameaçadas ou destruídas.
O mundo sempre precisou de heróis. Na luta contra o mal e, mais ainda, quando esse cavaleiro combate os poderosos. Esse parece ser o caso de Julian Assange. Muitos foram ao delírio quando ele apareceu na sacada da embaixada do Equador em Londres, onde ele está recluso há dois meses. O famoso australiano de 41 anos conhece a dimensão internacional de seu caso e, em seu breve discurso, agradeceu a vários países da América Latina. Assange se transformou em um “ciberguerreiro” da liberdade de expressão que se tornou um pesadelo para Washington desde que começou a publicar milhares de documentos secretos sobre as guerras no Iraque e Afeganistão. Então, não é apenas no Brasil que a liberdade da informação circula livremente, porém, às vezes, com algumas vozes querendo cerceá-la. No caso da imprensa, temos os remédios jurídicos para os excessos e os crimes de calúnia, injúria e difamação. O fundador do WikiLeaks tenta evitar a sua extradição para a Suécia, mas a Suprema Corte da Grã-Bretanha ratificou o mandado de prisão emitido contra ele em dezembro de 2010.
A decisão contra Assange veio dias depois de completados dois anos da prisão de Bradley Manning, soldado estadunidense que serviu no Iraque, e quem transferiu para Julian Assange e seu WikiLeaks documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos (EUA). Assange não foi formalmente acusado de cometer qualquer crime, mas foi mantido em prisão domiciliar desde que a Suécia emitiu um mandado de detenção europeu. O mandado de detenção foi expedido sob a acusação de estupro, coerção ilegal e assédio sexual, mas não foi emitido por um juiz, porém por um procurador que busca questionar Assange na Suécia. A defesa argumenta que o mandado é parte de uma tentativa do governo dos EUA - algo negado pela Casa Branca, obviamente - para puni-lo pelas publicações no site. Em abril de 2010, o WikiLeaks divulgou um vídeo do Exército dos EUA que mostra “mortes colaterais” quando um helicóptero Apache matou pelo menos 12 civis iraquianos, entre os quais um cinegrafista da Reuters e seu motorista. Em julho de 2010, o WikiLeaks divulgou diários de guerra do Afeganistão: milhares e milhares de comunicações secretas de militares norte-americanos que expõem o registro oficial da ocupação violenta do Afeganistão, o número de vítimas civis e eventos que poderiam ser classificados como crimes de guerra. Poucas semanas depois, as autoridades suecas emitiram um mandado de prisão.
O Reino Unido avaliou o pedido de extradição feito pelo juiz espanhol Baltasar Garzón para processar o ex-ditador chileno Augusto Pinochet pelos casos de tortura cometidos durante seu governo entre 1973 e 1990. Pinochet foi detido durante uma viagem a Londres em 1998. Após 16 meses, os tribunais britânicos decidiram que Pinochet fosse extraditado à Espanha, mas o governo interveio e anulou a sentença, permitindo a Pinochet voltar ao Chile. Tanto o juiz Garzón quanto Julian Assange enfrentaram poderosos interesses. Bradley Manning está sendo acusado pelos mesmos motivos. Suas vidas mudaram em diferentes graus, para sempre. Suas liberdades, suas carreiras e suas reputações foram ameaçadas ou destruídas.
CHEGA DE BRAÇOS CRUZADOS
BRASIL SEM GRADES PEDE AO POVO BRASILEIRO QUE DESCRUZE OS BRAÇOS E SE MOBILIZE CONTRA A CRIMINALIDADE.
CHEGA DE CRUZAR OS BRAÇOS
BRASIL SEM GRADES LUTANDO CONTRA QUEM CRUZA OS BRAÇOS E DEIXA POR ISTO MESMO.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
VAMOS DESCRUZAR OS BRAÇOS?
ZERO HORA 17 de agosto de 2012 | N° 17164. ARTIGOS
LUIZ FERNANDO ODERICH*
Há duas imagens que levarei para o túmulo. Uma é abrir a porta de casa às duas horas da manhã e deparar com dois irmãos acompanhados das esposas e um primo médico. Você começa a berrar desesperado, antes de alguém abrir a boca para dizer algo. A outra foi ver meu filho deitado no caixão, mãos entrelaçadas sobre o ventre. Choro apenas de escrever este parágrafo. Metade de mim baixou naquele caixão. Enlouqueci. As pessoas fingem que não notam.
Muitas coisas nascem da morte, paradoxalmente. A única bala disparada por um revólver que perfurou o coração do Max “abriu” a minha cabeça. Vejo o mundo com outros olhos. Vejo as soluções para o Brasil com outra perspectiva. A ONG Brasil Sem Grades, que fundei com minha esposa, amigos e familiares e que tem por meta reduzir a criminalidade em 50%, em 25 anos, a partir do ano-base 2002, é uma decorrência dessa nova visão.
Os políticos explicam tudo através de causas socioeconômicas. Usam isso para culpar os antecessores que fizeram ou deixaram de fazer algo. A criminalidade tem razões mais profundas. Antes de tudo, somos seres humanos. Muitas crianças nascem e, além de não saberem por que vieram até nós, não recebem amor, afeto e carinho. Nada lhes é dado, dito ou mostrado. O crack, por exemplo, proporciona o mesmo prazer do orgasmo de uma relação sexual. Para quem nunca teve nada emocionalmente, já é alguma coisa. O Brasil só irá mudar quando colocarmos no mundo filhos que tenham sido desejados e, depois, amados.
Ao completar, hoje, 10 anos, damos um novo passo, que consolida o momento que vivemos e recapitula todas as bandeiras que levantamos ao longo dessa trajetória: planejamento familiar, paternidade responsável e revisão do Código de Processo Penal (CPP). Com a nova campanha, Chega de Braços Cruzados, a Brasil Sem Grades fará valer a força da sociedade para cobrar dos políticos brasileiros mais rigor nas leis.
Vamos descruzar os braços de todos. Das famílias que perderam seus entes queridos para a violência. Vidas interrompidas por bandidos que estão soltos e assim permanecem, tornando os nossos dias mais inseguros e nossas noites mais angustiantes. Vamos descruzar os braços não só em nome daqueles que deixaram uma vida promissora para trás, mas também para os que estão vivos hoje, suscetíveis ao mais inesperado ato do destino. Não espere sentir na pele a dor da perda para que as coisas comecem a mudar.
Confesso que o passado mexe muito comigo. Da esperança de mudar o futuro, tiro forças para seguir em frente. Não sei quantos litros de lágrimas é preciso para escrever todo o necessário para mudar o Brasil, mas dou grande valor a cada gota de suor que gasto em memória do meu querido Max.
*Presidente da ONG Brasil Sem Grades
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Os norte-americanos e os italianos só conseguiram reduzir o poder das máfias quando descruzaram os braços e se mobilizaram em torno de comunidades religiosas, associações, sindicatos, maçonaria e clubes de serviço, passando a exigir justiça ágil e coativa, leis rigorosas, autoridade respeitada e educação cívica e cidadã como alavanca de uma cultura de ordem e respeito. Está na hora de todo o povo gaúcho ladear a família Oderich e a ONG Brasil sem Grades neste cívico esforço de transformar o RS e o Brasil numa terra de justiça e paz social, e assim confirmar que o gaúcho "não basta pra ser livre, ser forte, aguerrido e bravo". Aqui temos virtude e não seremos escravo do descaso, da bandidagem, dos corruptos, da impunidade, da justiça lenta e tolerante, das leis brandas e de governantes omissos e negligentes. Vamos mostrar "valor e constância nesta ímpia e injusta guerra" para que "sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra." VAMOS DESCRUZAR OS BRAÇOS. É o convite que faço a todos os membros desta rede. Compartilhem.
Vale a pena repetir este alerta:
- "Não espere sentir na pele a dor da perda para que as coisas comecem a mudar".
MOVIMENTOS ANTICORRUPÇÃO EM VIGÍLIA
ZERO HORA ONLINE 02/08/2012 | 12h29
Movimentos anticorrupção organizam vigília de protesto em frente ao STF durante julgamento do mensalão. Organizadores usam redes sociais para tentar mobilizar cidadãos para a manifestação
Os movimentos anticorrupção que se organizam pelas redes sociais marcaram para esta quinta-feira, a partir das 17h, um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para celebrar o início do julgamento do mensalão. A manifestação é também de apoio ao STF, para que essa instituição proceda a um julgamento imparcial e independente de "pressões indevidas", diz o convite do evento no Facebook.
Os organizadores pedem que os participantes usem camisetas brancas, com uma faixa preta em um dos braços, e levem velas que serão acesas para simbolizar a vigília que pretendem manter durante todo o julgamento, previsto para acabar somente na metade de setembro.
Embora os grupos que organizam o ato se classifiquem como apartidários, o secretário nacional de Juventude do PSDB, Wesley Goggi, diz que filiados do partido vão participar da manifestação "como membros da sociedade civil". Durante a semana, o site da sigla divulgou vídeos e matérias sobre o mensalão.
Na noite de quarta-feira, um grupo de cerca de 50 pessoas escreveu com velas a palavra "mensalão" na frente do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo os organizadores, a manifestação foi para exigir "um julgamento justo, que finde antes das eleições". No domingo, um ato no Rio distribuiu bolo à população para comemorar o início do julgamento.
AGÊNCIA ESTADO
Movimentos anticorrupção organizam vigília de protesto em frente ao STF durante julgamento do mensalão. Organizadores usam redes sociais para tentar mobilizar cidadãos para a manifestação
Os movimentos anticorrupção que se organizam pelas redes sociais marcaram para esta quinta-feira, a partir das 17h, um ato em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) para celebrar o início do julgamento do mensalão. A manifestação é também de apoio ao STF, para que essa instituição proceda a um julgamento imparcial e independente de "pressões indevidas", diz o convite do evento no Facebook.
Os organizadores pedem que os participantes usem camisetas brancas, com uma faixa preta em um dos braços, e levem velas que serão acesas para simbolizar a vigília que pretendem manter durante todo o julgamento, previsto para acabar somente na metade de setembro.
Embora os grupos que organizam o ato se classifiquem como apartidários, o secretário nacional de Juventude do PSDB, Wesley Goggi, diz que filiados do partido vão participar da manifestação "como membros da sociedade civil". Durante a semana, o site da sigla divulgou vídeos e matérias sobre o mensalão.
Na noite de quarta-feira, um grupo de cerca de 50 pessoas escreveu com velas a palavra "mensalão" na frente do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo os organizadores, a manifestação foi para exigir "um julgamento justo, que finde antes das eleições". No domingo, um ato no Rio distribuiu bolo à população para comemorar o início do julgamento.
AGÊNCIA ESTADO
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
CHEGA DE BRAÇOS CRUZADOS
ZERO HORA ONLINE, 16/08/2012
Lançamento de nova campanha nacional marca 10 anos da ONG Brasil Sem Grades/ Na sexta-feira, assassinato de jovem completa uma década e coincide com fundação da organização
Imagens da campanha prometem chocar população, diz presidente da ONGFoto: Divulgação / ONG Brasil Sem Grades
A morte do jovem Max Fernando de Paiva Oderich completa, na sexta-feira, 10 anos, assim como a data representa uma década da ONG Brasil Sem Grades. Para marcar o dia, o presidente da organização não-governamental e pai do rapaz assassinado em 2002, Luiz Fernando Oderich, lançou a nova campanha nacional: Chega de Braços Cruzados.
O projeto pretende cobrar dos políticos brasileiros mais rigor nas leis. Segundo Oderich, os projetos de lei chegam ao Congresso Nacional mas não entram em pauta. A ideia é buscar ajuda da população para cobrar mas atitude.
— Durante esses anos de atuação, muitas pessoas se ofereceram para ajudar, mas nunca tínhamos algo concreto para apresentar. Agora eles poderão participar de uma forma bastante simples — explica Oderich.
A campanha Chega de Braços Cruzados consiste na elaboração de um hotsite na internet em que constará os nomes e demais identificações de parlamentares. No endereço www.revisaodalegislacaopenal.com.br, que deve entrar no ar no próximo dia 23, qualquer pessoa poderá deixar mensagens a políticos de sua preferência para reivindicar maior atenção à legislação penal.
— Chegou a hora de discutir. Não pedimos atenção a assuntos específicos. Queremos que eles entrem na pauta do Congresso. Também estão previstas inserções na mídia (TV, rádio e jornal) — conclui Oderich.
AULA DE DIREITO
Não sei a autoria, mas é oportuno o texto que recebi de Ibes Pacheco por um email:
Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas? - Chamo-me Juan, senhor. - Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor. Juan estava desconcertado. Quando deu de si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?... Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça? - Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para pratica-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente. Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas? - Chamo-me Juan, senhor. - Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor. Juan estava desconcertado. Quando deu de si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estávamos assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?... Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça? - Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para pratica-las?
- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente. Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.
Quando não defendemos nossos direitos
perdemos a dignidade e
a dignidade não se negocia.
perdemos a dignidade e
a dignidade não se negocia.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
CONCURSOS PARA FAZER CAIXA
CORREIO DO POVO 14 DE AGOSTO DE 2012
EDITORIAL
Concursos com validade integral
Tudo indica que deverá ser chancelada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal a proposta de emenda à Constituição federal (PEC 22/2012) que determina a interrupção do prazo de validade dos concursos públicos quando houver suspensão temporária da nomeação de aprovados. A proposta foi apresentada pelo senador Wellington Dias (PT-PI) e já recebeu parecer favorável do relator, senador Pedro Simon (PMDB-RS).
O mérito dessa proposta está no fato de garantir os direitos dos candidatos aprovados nos processos seletivos. É muito comum que eles invistam tempo, dinheiro e esforços em busca da tão sonhada aprovação, submetendo-se a todas as etapas previstas nos editais. Em seguida, quando é chegado o momento de serem chamados, os entes estatais (União, estados e municípios), não raras vezes, suspendem as nomeações e muitos não são convocados porque houve a expiração do prazo de validade, que pode ser de até dois anos, renovável por igual período.
Essa medida, se aprovada, ao fim e ao cabo, vai tornar mais transparente a relação das administrações públicas com os cidadãos. É muito comum a suspeita de que diversos concursos públicos são realizados apenas com o fim de fazer caixa para os governos. Cumpre ressaltar também que essa PEC vai no mesmo sentido de decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que os candidatos que se encaixarem no número de vagas dos editais devem ser obrigatoriamente nomeados, evitando-se que as administrações aleguem dificuldades financeiras, pois o edital já prevê o impacto financeiro das contratações no Erário.
O poder público deve sempre procurar recrutar por mérito e com regras claras aqueles que irão atuar em seus órgãos. Fazer com que a validade seja realmente integral é medida acertada.
Concursos com validade integral
Tudo indica que deverá ser chancelada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal a proposta de emenda à Constituição federal (PEC 22/2012) que determina a interrupção do prazo de validade dos concursos públicos quando houver suspensão temporária da nomeação de aprovados. A proposta foi apresentada pelo senador Wellington Dias (PT-PI) e já recebeu parecer favorável do relator, senador Pedro Simon (PMDB-RS).
O mérito dessa proposta está no fato de garantir os direitos dos candidatos aprovados nos processos seletivos. É muito comum que eles invistam tempo, dinheiro e esforços em busca da tão sonhada aprovação, submetendo-se a todas as etapas previstas nos editais. Em seguida, quando é chegado o momento de serem chamados, os entes estatais (União, estados e municípios), não raras vezes, suspendem as nomeações e muitos não são convocados porque houve a expiração do prazo de validade, que pode ser de até dois anos, renovável por igual período.
Essa medida, se aprovada, ao fim e ao cabo, vai tornar mais transparente a relação das administrações públicas com os cidadãos. É muito comum a suspeita de que diversos concursos públicos são realizados apenas com o fim de fazer caixa para os governos. Cumpre ressaltar também que essa PEC vai no mesmo sentido de decisão anterior do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou que os candidatos que se encaixarem no número de vagas dos editais devem ser obrigatoriamente nomeados, evitando-se que as administrações aleguem dificuldades financeiras, pois o edital já prevê o impacto financeiro das contratações no Erário.
O poder público deve sempre procurar recrutar por mérito e com regras claras aqueles que irão atuar em seus órgãos. Fazer com que a validade seja realmente integral é medida acertada.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
QUANDO UM LÍDER RELIGIOSO REAGE...
PARA LEMBRAR
DO G1 - 21/12/2010 14h28 - Atualizado em 21/12/2010 14h53
Bispo recusa homenagem do Senado em protesto contra aumento. Dom Manuel Edmilson da Cruz receberia comenda de Direitos Humanos. “Quem assim procedeu não é parlamentar, é para lamentar”, disse.
Eduardo BrescianiDo G1, em Brasília
Dom Manuel da Cruz durante sessão especial no Senado Federal nesta terça-feira (21)
(Foto: J. Freitas / Agência Senado)
O bispo de Limoeiro do Norte (CE), Dom Manuel Edmilson da Cruz, recusou nesta terça-feira (21) receber uma comenda do Senado Federal. Ele afirmou que sua atitude era para protestar contra o aumento salarial de 61,8% aprovado pelos parlamentares em causa própria. A homenagem recusada por ele é a Comenda dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara.
A recusa do bispo foi feita em um discurso no plenário do próprio Senado. Ele criticou os parlamentares por aprovar o aumento deste montante para o próprio salário. “Quem assim procedeu não é parlamentar, é para lamentar”, disse.
O religioso afirmou que a comenda que lhe foi oferecida não honra a história de Dom Helder Câmara, que teve atuação destacada na luta pelos direitos humanos durante o regime militar.
A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Helder Câmara. Não representa. Desfigura-a, porém. Sem ressentimentos e agindo por amor e por respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la"
Dom Manuel Edmilson da Cruz
“A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Helder Câmara. Não representa. Desfigura-a, porém. Sem ressentimentos e agindo por amor e por respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la. Ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão, à cidadã contribuinte para o bem de todos, com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho”, afirmou o bispo.
Ele destacou que o aumento dado aos parlamentares deveria ter como base o reajuste que será concedido ao salário mínimo, de cerca de 6%. “O aumento a ser ajustado deveria guardar sempre a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e da aposentadoria. Isso não acontece. O que acontece, repito, é um atentado contra os direitos humanos do nosso povo”.
O senador José Nery (PSOL-PA) disse compreender a atitude do bispo. “Entendemos o gesto, o grito, a exigência de Dom Edmilson da Cruz”. Nery, que foi um dos três senadores a se manifestar na votação de forma contrária ao aumento, deu prosseguimento a sessão após a atitude do religioso.
Dom Manuel Edmilson da Cruz foi indicado para receber a comenda pelo senador Inácio Arruda (PC do B-CE). Além dele, foram indicados para a homenagem Dom Pedro Casaldáliga, Marcelo Freixo, Wagner de La Torre e Antônio Roberto Cardoso. Apenas este último também estava presente e discursou. Ele afirmou estar “incomodado” com a homenagem, mas disse a ter aceitado porque ela se enquadra dentro de um contexto histórico e de um reconhecimento ao trabalho de Dom Helder Câmara.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Pena que esta liderança foi mais uma voz isolada nestes quase 200 milhões de torcedores da canarinho. Os Senadores e Deputados nem ficaram constrangidos, pois os salários foram pagos sem a menor cerimônia. Já se passaram dois anos e "eles" se esbaldam no dinheiro público reajustando verbas de indenização, aumentando o orçamento para multiplicar as emendas, criando cargos de diretoria e nomeando um número cada vez maiores de servidores para a casa e para os gabinetes dos nobres da corte. Enquanto isto, saúde, segurança, educação, mobilidade urbana e saneamento básico são sucateados com os mais diversos argumentos de falência do Estado, apesar de novos e novos indicadores de arrecadações recordes em impostos.
(Foto: J. Freitas / Agência Senado)
O bispo de Limoeiro do Norte (CE), Dom Manuel Edmilson da Cruz, recusou nesta terça-feira (21) receber uma comenda do Senado Federal. Ele afirmou que sua atitude era para protestar contra o aumento salarial de 61,8% aprovado pelos parlamentares em causa própria. A homenagem recusada por ele é a Comenda dos Direitos Humanos Dom Helder Câmara.
A recusa do bispo foi feita em um discurso no plenário do próprio Senado. Ele criticou os parlamentares por aprovar o aumento deste montante para o próprio salário. “Quem assim procedeu não é parlamentar, é para lamentar”, disse.
O religioso afirmou que a comenda que lhe foi oferecida não honra a história de Dom Helder Câmara, que teve atuação destacada na luta pelos direitos humanos durante o regime militar.
A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Helder Câmara. Não representa. Desfigura-a, porém. Sem ressentimentos e agindo por amor e por respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la"
Dom Manuel Edmilson da Cruz
“A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Helder Câmara. Não representa. Desfigura-a, porém. Sem ressentimentos e agindo por amor e por respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la. Ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão, à cidadã contribuinte para o bem de todos, com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho”, afirmou o bispo.
Ele destacou que o aumento dado aos parlamentares deveria ter como base o reajuste que será concedido ao salário mínimo, de cerca de 6%. “O aumento a ser ajustado deveria guardar sempre a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e da aposentadoria. Isso não acontece. O que acontece, repito, é um atentado contra os direitos humanos do nosso povo”.
O senador José Nery (PSOL-PA) disse compreender a atitude do bispo. “Entendemos o gesto, o grito, a exigência de Dom Edmilson da Cruz”. Nery, que foi um dos três senadores a se manifestar na votação de forma contrária ao aumento, deu prosseguimento a sessão após a atitude do religioso.
Dom Manuel Edmilson da Cruz foi indicado para receber a comenda pelo senador Inácio Arruda (PC do B-CE). Além dele, foram indicados para a homenagem Dom Pedro Casaldáliga, Marcelo Freixo, Wagner de La Torre e Antônio Roberto Cardoso. Apenas este último também estava presente e discursou. Ele afirmou estar “incomodado” com a homenagem, mas disse a ter aceitado porque ela se enquadra dentro de um contexto histórico e de um reconhecimento ao trabalho de Dom Helder Câmara.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Pena que esta liderança foi mais uma voz isolada nestes quase 200 milhões de torcedores da canarinho. Os Senadores e Deputados nem ficaram constrangidos, pois os salários foram pagos sem a menor cerimônia. Já se passaram dois anos e "eles" se esbaldam no dinheiro público reajustando verbas de indenização, aumentando o orçamento para multiplicar as emendas, criando cargos de diretoria e nomeando um número cada vez maiores de servidores para a casa e para os gabinetes dos nobres da corte. Enquanto isto, saúde, segurança, educação, mobilidade urbana e saneamento básico são sucateados com os mais diversos argumentos de falência do Estado, apesar de novos e novos indicadores de arrecadações recordes em impostos.
EQUÍVOCO DESFEITO
ZERO HORA 13/08/2012
EDITORIAL
Fez efeito a reação popular. Depois de muitas críticas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu decisão anterior que relativizava a presunção de estupro no caso de sexo com menores de 14 anos. A revisão atende a um embargo de declaração feito pelo Ministério Público Federal depois de um homem ter sido inocentado em primeira instância após fazer sexo com três meninas de 12 anos, sob o pretexto de que eram garotas de programa. A revisão do julgado atende ao apelo da sociedade brasileira contra a impunidade, numa área como a infância, na qual o país tem uma péssima imagem inclusive em âmbito internacional.
Até 2009, a legislação brasileira considerava qualquer relação sexual com menores de 14 anos com presunção de violência. O artigo do Código Penal foi revogado e passou a ser considerado “estupro de vulnerável” qualquer relação com menor de 14 anos, com pena variável de até 15 anos de prisão. A polêmica decisão do STJ tomada em março foi uma reafirmação de entendimento anterior do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão, mas gerou tanta indignação, que acabou sendo revista.
Num país no qual os mecanismos de proteção à infância são tão precários, é preocupante de fato que decisões dessa natureza possam ser entendidas como uma espécie de licença para a exploração sexual de crianças e jovens. Essa preocupação levou o próprio STJ, em abril deste ano, a garantir em nota que a decisão “não institucionalizou a prostituição infantil”.
Além de contar com a clareza e o rigor da lei, a proteção à criança e aos jovens, inclusive sob o ponto de vista sexual, depende de sua efetiva aplicação na prática. Mas esse é um fato que está condicionado também a mais ênfase à questão educacional e de maior acesso à informação, para que esses aspectos possam ser discutidos de forma aberta e com objetividade.
EDITORIAL
Fez efeito a reação popular. Depois de muitas críticas, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu decisão anterior que relativizava a presunção de estupro no caso de sexo com menores de 14 anos. A revisão atende a um embargo de declaração feito pelo Ministério Público Federal depois de um homem ter sido inocentado em primeira instância após fazer sexo com três meninas de 12 anos, sob o pretexto de que eram garotas de programa. A revisão do julgado atende ao apelo da sociedade brasileira contra a impunidade, numa área como a infância, na qual o país tem uma péssima imagem inclusive em âmbito internacional.
Até 2009, a legislação brasileira considerava qualquer relação sexual com menores de 14 anos com presunção de violência. O artigo do Código Penal foi revogado e passou a ser considerado “estupro de vulnerável” qualquer relação com menor de 14 anos, com pena variável de até 15 anos de prisão. A polêmica decisão do STJ tomada em março foi uma reafirmação de entendimento anterior do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a questão, mas gerou tanta indignação, que acabou sendo revista.
Num país no qual os mecanismos de proteção à infância são tão precários, é preocupante de fato que decisões dessa natureza possam ser entendidas como uma espécie de licença para a exploração sexual de crianças e jovens. Essa preocupação levou o próprio STJ, em abril deste ano, a garantir em nota que a decisão “não institucionalizou a prostituição infantil”.
Além de contar com a clareza e o rigor da lei, a proteção à criança e aos jovens, inclusive sob o ponto de vista sexual, depende de sua efetiva aplicação na prática. Mas esse é um fato que está condicionado também a mais ênfase à questão educacional e de maior acesso à informação, para que esses aspectos possam ser discutidos de forma aberta e com objetividade.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
PRINCÍPIOS FRACOS E DEMAGOGIA
JORNAL DO COMÉRCIO 06/08/2012
Edson Olliver
Outro dia, o presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Brasil concedeu uma entrevista e manifestou o seguinte: “a Lei de Acesso à Informação está sendo usada como instrumento ideológico e de forma demagógica”. No dicionário dele é esta palavra certa mesmo, ‘demagogia’. A mídia e os setores ideológicos focaram os salários dos servidores públicos como se fosse uma obsessão. Esqueceram que a lei é para um todo.
Todo órgão público tem a obrigação ética e moral de fornecer certidões, declarações, atestados, informações, relatórios, resultados de perícias, auditorias, exames, assim como muitas organizações privadas que têm impacto ambiental e social sobre a população, como ONGs, Ocips, fundações etc. Então, essa lei é para se fazer uma prospecção de dados e de informações visando a uma plataforma de conhecimento em vários ângulos. Não é uma lei para ser usada de forma ideológica e demagógica por nichos fechados.
Precisamos saber tudo sobre os repasses de verbas, as consignações em folhas de pagamento, como certos setores estão ficando ricos, precatórios, empréstimos do Bndes e de outros bancos, papel do CADE, do COAF, dos Tribunais de Contas, corregedorias, ouvidorias, gastos de cartões governamentais, combustíveis, viagens estranhas etc etc.
O leque é grande. Este ó o verdadeiro papel dessa lei. Muita coisa precisa ser prospectada em níveis federal, estadual e municipal.Demagogia com essa lei é perigoso, revela princípios fracos. Aliás, este é o diagnóstico que já firmaram que temos neste País, princípios fracos, vetor de muita irregularidade. Quem tem princípios fortes não se envolve em fraudes e falcatruas. Essa premissa é imbatível. Tanto é verdade que o recente congresso mundial de Boston, EUA, realizado pelo The Institute of Internal Auditors (IIA Gklobal) apontou a transparência, a idoneidade, a ética e a coragem civil como a base dos princípios fortes.
O evento, com mais de 170 mil associados, concluiu que somente com informações precisas, sérias, transparentes e éticas, que estreitam as relações humanas, se é capaz de gerar valor e mudanças, no planeta todo, para pessoas e empresas, organizações e instituições governamentais. Não existe outro caminho.
O Brasil, com a Lei de Acesso à Informação, abriu essa porta. O problema é que muitas pessoas estão resistindo porque não querem a transparência e ética no País em nome dos interesses individuais. Faltam princípios fortes.
Especialista em Gestão
Edson Olliver
Outro dia, o presidente da Associação Nacional dos Magistrados do Brasil concedeu uma entrevista e manifestou o seguinte: “a Lei de Acesso à Informação está sendo usada como instrumento ideológico e de forma demagógica”. No dicionário dele é esta palavra certa mesmo, ‘demagogia’. A mídia e os setores ideológicos focaram os salários dos servidores públicos como se fosse uma obsessão. Esqueceram que a lei é para um todo.
Todo órgão público tem a obrigação ética e moral de fornecer certidões, declarações, atestados, informações, relatórios, resultados de perícias, auditorias, exames, assim como muitas organizações privadas que têm impacto ambiental e social sobre a população, como ONGs, Ocips, fundações etc. Então, essa lei é para se fazer uma prospecção de dados e de informações visando a uma plataforma de conhecimento em vários ângulos. Não é uma lei para ser usada de forma ideológica e demagógica por nichos fechados.
Precisamos saber tudo sobre os repasses de verbas, as consignações em folhas de pagamento, como certos setores estão ficando ricos, precatórios, empréstimos do Bndes e de outros bancos, papel do CADE, do COAF, dos Tribunais de Contas, corregedorias, ouvidorias, gastos de cartões governamentais, combustíveis, viagens estranhas etc etc.
O leque é grande. Este ó o verdadeiro papel dessa lei. Muita coisa precisa ser prospectada em níveis federal, estadual e municipal.Demagogia com essa lei é perigoso, revela princípios fracos. Aliás, este é o diagnóstico que já firmaram que temos neste País, princípios fracos, vetor de muita irregularidade. Quem tem princípios fortes não se envolve em fraudes e falcatruas. Essa premissa é imbatível. Tanto é verdade que o recente congresso mundial de Boston, EUA, realizado pelo The Institute of Internal Auditors (IIA Gklobal) apontou a transparência, a idoneidade, a ética e a coragem civil como a base dos princípios fortes.
O evento, com mais de 170 mil associados, concluiu que somente com informações precisas, sérias, transparentes e éticas, que estreitam as relações humanas, se é capaz de gerar valor e mudanças, no planeta todo, para pessoas e empresas, organizações e instituições governamentais. Não existe outro caminho.
O Brasil, com a Lei de Acesso à Informação, abriu essa porta. O problema é que muitas pessoas estão resistindo porque não querem a transparência e ética no País em nome dos interesses individuais. Faltam princípios fortes.
Especialista em Gestão
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
A CULTURA DO SIGILO
ZERO HORA 06 de agosto de 2012 | N° 17153
EDITORIAL
Representantes do Executivo, do Legislativo e, principalmente, do Judiciário vêm se valendo dos mais diversos subterfúgios para driblar a Lei de Acesso à Informação, que determina a divulgação nominal dos salários dos servidores. Trata-se de evidente ilegalidade, que precisa ser examinada pelos órgãos superiores, especialmente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no caso do Judiciário. Nada menos de metade dos tribunais ainda resiste à determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de divulgarem seus salários. A Câmara e o Senado, que foram os últimos a agendar a publicação dos vencimentos de seus funcionários, acabaram divulgando a lista sem os nomes dos beneficiários, por exigência de uma liminar obtida por sindicalistas. A transparência, que deveria ser generalizada, acaba se revelando restrita.
O que confere relevância à Lei de Acesso à Informação é justamente a sua característica de permitir aos cidadãos acompanhar como o dinheiro que desembolsam sob a forma de impostos é usado para remunerar bem os servidores e assegurar serviços de qualidade aos contribuintes. Como argumenta o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, “a remuneração dos agentes públicos constitui informação de interesse coletivo ou geral”. E mais: o princípio da publicidade da atuação administrativa “propicia controle da atividade estatal até mesmo pelos cidadãos”. O problema se amplia quando alguns líderes de servidores, a maioria dos quais situados nas faixas mais altas de ganhos, parecem ter mais poder do que outros de sensibilizar juízes a conceder liminares tornando opaco o que era para ser transparente.
O que importa mais, no caso, não é tanto a divulgação individualizada do nome de cada servidor com sua respectiva remuneração. Sob o ponto de vista dos ganhos, a lei sancionada em novembro do ano passado pela Presidência da República e regulamentada em 16 de maio prevê a publicidade do nome do servidor, seu vínculo funcional e ocupação com as devidas remunerações eventuais ou básica, vantagens de natureza pessoal, abono de permanência, descontos obrigatórios e outras parcelas, remuneratória ou indenizatória. Essas condições não são preenchidas quando as relações de vencimentos escamoteiam nomes ou omitem nos valores totais os chamados penduricalhos, por exemplo. E de que vale a sociedade tomar conhecimento de tantos servidores ganhando acima do teto salarial e de variações superiores a 500% entre o menor e o maior salário pagos pelo Executivo se não há como identificá-los nominalmente, como determina a lei recém posta em prática?
Assim como ocorreu com a Lei de Responsabilidade Fiscal, entre outros tantos instrumentos moralizadores, é compreensível que essa fase inicial seja marcada por resistências. Ainda assim, sob o ponto de vista salarial, a Lei de Acesso à Informação só poderá alcançar seus objetivos quando a garantia do conhecimento dos cidadãos sobre dados públicos conseguir se sobrepor a alegações ardilosas de direito à privacidade e à intimidade que são utilizadas mais para proteger privilégios do que para assegurar prerrogativas constitucionais.
domingo, 5 de agosto de 2012
PROTESTOS CONTRA VIOLÊNCIA DE POLICIAIS
zero hora 05 de agosto de 2012 | N° 17152
EM NOME DAS VÍTIMAS
VIOLÊNCIA DE POLICIAIS GERA PROTESTOS NO RIO
A violência das operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro tem sido motivo de protestos. Segundo o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, um dos objetivos é que o governo do Estado se pronuncie sobre um dos mais recentes acontecimentos trágicos envolvendo a morte de criança em operação policial e declare o que pretende fazer para que esses casos não se repitam.
Na sexta-feira, a morte da menina Bruna, 11 anos, atingida por um tiro de fuzil na barriga em tiroteio entre traficantes e policiais, na favela de Costa Barros, na zona norte do Rio, completou uma semana.
– São vários os casos de pessoas inocentes e crianças pobres mortas em operação policial nas favelas e ruas do Rio de Janeiro. Muitas dessas mortes geraram comoção pública e debate, mas pouco se fez pelas famílias das vítimas – afirma o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.
Um dos atos organizados pela ONG foi realizado na sexta-feira, quando um lençol de 30 metros de comprimento, manchado de vermelho para simbolizar o sangue derramado por inocentes, foi estendido na praia de Copacabana. Participaram parentes de vítimas mortas em tiroteios. Um cartaz de dois metros de altura e sete de largura foi fixado na praia com a frase: “Bruna, Juan, Wesley, João Roberto, Ramon, Fabiana, Alana, perdão. Rio de Janeiro”.
sábado, 4 de agosto de 2012
O CONSUMIDOR REAGE
04 de agosto de 2012 | 3h 10
OPINIÃO O Estado de S.Paulo
A grande expansão da classe média no Brasil, com o acréscimo de mais de 30 milhões de pessoas no mundo do consumo regular nos últimos anos, impõe grandes desafios à outra ponta do processo, isto é, o varejo. Na disputa por espaço num mercado que movimenta hoje US$ 500 bilhões por ano, sendo já o 17.º maior do mundo, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal, as empresas que servem a esses consumidores mostram deficiências que podem comprometê-las nessa verdadeira "corrida do ouro".
No primeiro semestre do ano, houve 861 mil queixas contra empresas nos Procons de todo o País, um número 9,23% maior do que em igual período de 2011, indica pesquisa do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor. O porcentual é superior ao do aumento das vendas no varejo no mesmo período (7,6%), como mostram dados da Serasa Experian. Isso significa que o consumidor está mais consciente de seus direitos e também mais informado sobre onde buscar ajuda para que eles sejam respeitados. "Há uma mudança de comportamento do consumidor", constatou o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Góes.
Está claro que a ampliação da massa de brasileiros com poder de compra encontrou um setor da economia despreparado. Os problemas aparecem tanto na incapacidade de entregar o que se vende nos prazos acertados e com a qualidade anunciada como na relação com o consumidor insatisfeito com o produto ou o serviço que adquiriu.
Essa situação tem levado as agências reguladoras e as entidades de defesa do consumidor a agirem com mais rigor nos últimos tempos. No ano passado, a Anac suspendeu a venda de passagens da TAM e da Webjet em razão de recorrentes atrasos e cancelamentos de voos. Em julho deste ano, a Anatel proibiu que operadoras de telefonia celular líderes em reclamações continuassem a vender seus produtos enquanto não resolvessem os problemas. Também no mês passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar suspendeu a venda de 268 planos de saúde de 37 operadoras. Essas empresas não respeitavam os prazos acordados para atendimento.
Ainda assim, o que se nota é que as agências decidiram agir somente depois que o consumidor já havia sido castigado por prestadores de serviço e varejistas. O consumo no Brasil não dispõe de uma efetiva proteção preventiva. Foi necessário que a situação da telefonia celular atingisse um nível próximo do indecente para que a Anatel enfim resolvesse fazer o que dela se espera, e mesmo assim não há nenhuma garantia de que esse saudável rigor venha a se manter no futuro. Afinal, a Anatel, para ficar somente neste exemplo, é uma agência que até aqui havia "punido" empresas com multas inofensivas (houve uma inferior a R$ 3) e que demorava anos para julgar as irregularidades.
Para superar esses deficientes mecanismos de defesa e a indiferença das empresas em relação a seus clientes, materializada no pesadelo chamado "Serviço de Atendimento ao Consumidor", os brasileiros que se sentem lesados estão recorrendo cada vez mais à internet, para expor seus problemas e constranger em larga escala os varejistas e prestadores de serviços, como mostrou reportagem do Estado (30/7). As redes sociais levam ao conhecimento de milhares de pessoas reclamações que antes ficavam restritas aos escaninhos de funcionários despreparados. Esse fenômeno está obrigando as grandes empresas a mudar sua estrutura de relação com os clientes, incluindo nela o monitoramento da internet para reduzir os danos à sua imagem.
Percebe-se, assim, que o perfil do consumidor brasileiro não está mudando só sob o aspecto quantitativo. Parece que ele está se cansando de ser um herói, que paga caro por produtos e serviços ruins ou inexistentes, e quer ser tratado agora simplesmente como cliente, isto é, aquele que "sempre tem razão". Cabe às empresas perceber essa transformação e preocupar-se em respeitar seus consumidores não apenas quando estão tentando vender-lhes suas mercadorias, mas principalmente depois que recebem seu dinheiro.
OPINIÃO O Estado de S.Paulo
A grande expansão da classe média no Brasil, com o acréscimo de mais de 30 milhões de pessoas no mundo do consumo regular nos últimos anos, impõe grandes desafios à outra ponta do processo, isto é, o varejo. Na disputa por espaço num mercado que movimenta hoje US$ 500 bilhões por ano, sendo já o 17.º maior do mundo, segundo a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal, as empresas que servem a esses consumidores mostram deficiências que podem comprometê-las nessa verdadeira "corrida do ouro".
No primeiro semestre do ano, houve 861 mil queixas contra empresas nos Procons de todo o País, um número 9,23% maior do que em igual período de 2011, indica pesquisa do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor. O porcentual é superior ao do aumento das vendas no varejo no mesmo período (7,6%), como mostram dados da Serasa Experian. Isso significa que o consumidor está mais consciente de seus direitos e também mais informado sobre onde buscar ajuda para que eles sejam respeitados. "Há uma mudança de comportamento do consumidor", constatou o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Góes.
Está claro que a ampliação da massa de brasileiros com poder de compra encontrou um setor da economia despreparado. Os problemas aparecem tanto na incapacidade de entregar o que se vende nos prazos acertados e com a qualidade anunciada como na relação com o consumidor insatisfeito com o produto ou o serviço que adquiriu.
Essa situação tem levado as agências reguladoras e as entidades de defesa do consumidor a agirem com mais rigor nos últimos tempos. No ano passado, a Anac suspendeu a venda de passagens da TAM e da Webjet em razão de recorrentes atrasos e cancelamentos de voos. Em julho deste ano, a Anatel proibiu que operadoras de telefonia celular líderes em reclamações continuassem a vender seus produtos enquanto não resolvessem os problemas. Também no mês passado, a Agência Nacional de Saúde Suplementar suspendeu a venda de 268 planos de saúde de 37 operadoras. Essas empresas não respeitavam os prazos acordados para atendimento.
Ainda assim, o que se nota é que as agências decidiram agir somente depois que o consumidor já havia sido castigado por prestadores de serviço e varejistas. O consumo no Brasil não dispõe de uma efetiva proteção preventiva. Foi necessário que a situação da telefonia celular atingisse um nível próximo do indecente para que a Anatel enfim resolvesse fazer o que dela se espera, e mesmo assim não há nenhuma garantia de que esse saudável rigor venha a se manter no futuro. Afinal, a Anatel, para ficar somente neste exemplo, é uma agência que até aqui havia "punido" empresas com multas inofensivas (houve uma inferior a R$ 3) e que demorava anos para julgar as irregularidades.
Para superar esses deficientes mecanismos de defesa e a indiferença das empresas em relação a seus clientes, materializada no pesadelo chamado "Serviço de Atendimento ao Consumidor", os brasileiros que se sentem lesados estão recorrendo cada vez mais à internet, para expor seus problemas e constranger em larga escala os varejistas e prestadores de serviços, como mostrou reportagem do Estado (30/7). As redes sociais levam ao conhecimento de milhares de pessoas reclamações que antes ficavam restritas aos escaninhos de funcionários despreparados. Esse fenômeno está obrigando as grandes empresas a mudar sua estrutura de relação com os clientes, incluindo nela o monitoramento da internet para reduzir os danos à sua imagem.
Percebe-se, assim, que o perfil do consumidor brasileiro não está mudando só sob o aspecto quantitativo. Parece que ele está se cansando de ser um herói, que paga caro por produtos e serviços ruins ou inexistentes, e quer ser tratado agora simplesmente como cliente, isto é, aquele que "sempre tem razão". Cabe às empresas perceber essa transformação e preocupar-se em respeitar seus consumidores não apenas quando estão tentando vender-lhes suas mercadorias, mas principalmente depois que recebem seu dinheiro.
O PODER DAS REDES SOCIAIS
COMUNICAÇÃO E TENDÊNCIAS
As redes sociais e as relações de consumo sem dúvidas se adaptaram às facilidades e agilidade dos meios virtuais. Além dos meios tradicionais, as redes sociais vêm se tornando um canal ágil e funcional quando o assunto é a relação compra e venda. Talvez a demora e a burocracia na solução dos problemas estejam motivando as pessoas a buscarem as redes sociais e compartilhar com os demais suas sugestões ou insatisfações.
O Jornal do Brasil apresentou uma pesquisa sobre o uso das redes ser mais eficaz para reclamações do que os Serviços de Atendimento aos Clientes (SACs) e o Procon. Problemas apontados no Twitter e Facebookpelos consumidores têm a solicitação atendida em minutos ou em até 24 horas. Sendo que em alguns casos, por telefone, levaria 10 dias através do SAC e 30 dias pelo Procon.
As empresas, preocupadas com a exposição negativa da marca, tentam solucionar os problemas de forma eficaz e garantir a boa imagem. Os fabricantes ou fornecedores de serviços procuram mensurar através das redes a aceitação do público, além de monitorar a concorrência.
E por falar em reclamações, um dos sites mais populares do Brasil é o Reclame Aqui, onde o internauta pode se cadastrar gratuitamente e relatar seu problema de compra, defeitos, entrega, serviços e qualidade de atendimento. Após o registro da reclamação, o site envia o caso à empresa, que tem a oportunidade de entrar em contato direto com o consumidor. Em 2011, o Reclame Aqui teve uma média de 7.000 reclamações por dia. Além disso, 200.000 usuários por dia, aproximadamente, utilizam o conteúdo do site como informação para sua decisão de compra.
Os dados acima demonstram a mudança no perfil do consumidor, que não fica esperando quieto pela posição dos órgãos responsáveis. Hoje, ele denuncia e compartilha este sentimento de indignação, frustração com outros usuários.
Veja alguns dos principais sites de reclamações:
Reclame Aqui
Reclamão
NuncaMais.Net
Denuncio
Você Reclama
Embora o uso das redes sociais solucione muitos problemas, em alguns casos faz-se necessário entrar em contato com o Procon e formalizar o pedido. Isso já é possível pelo próprio site do Procon da sua cidade.
É importante salientar que tudo isso só é possível graças ao espaço livre da Internet que permite milhares de pessoas estarem trocando idéias e informações e também exercendo a sua cidadania.
INTERNET, REDES SOCIAIS E CULTURA INÚTIL
Enquanto milhares de brasileiros estão em busca de soluções para seus problemas usando as redes sociais, outros compartilham meras futilidades, como: “A Luiza que está no Canadá” – que tornou-se um fenômeno nas redes sociais e na mídia tradicional -, a polêmica acerca do “estupro de vulnerável no BBB12”, Michel Teló na Europa, Litle Bird e muitos outros.
A internet ainda é um espaço para todos expressarem os gostos pessoais, portanto, cuidado com o que você compartilha. Este tema já foi abortado pelo C&T aqui e aqui. Se você não leu, aproveite para fazer uma boa leitura.
Fontes de pesquisa:
http://www.youtube.com/watch?v=eUvKRfmeRxM
http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2011/10/consumidores-usam-redes-sociais-para-reclamar-de-empresas.html
http://www.jb.com.br/ciencia-e-tecnologia/noticias/2011/10/14/reclamacoes-em-redes-sociais-sao-mais-eficazes-que-em-sacs-e-procon/
http://www.reclameaqui.com.br/
Fonte da imagem:
maonarodablog.com.br
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
UNIÃO PARA OBTER MAIS SEGURANÇA
Moradores da Rua Miguel Tostes buscam conter incidência de assaltos, furtos e roubo de veículos
Cansados da violência crescente na região, moradores e trabalhadores da Rua Miguel Tostes, no bairro Rio Branco, resolveram se mobilizar. Unindo forças, os vizinhos do trecho entre a Avenida Protásio Alves e a Rua Cabral esperam frear a incidência de assaltos, furtos e roubos de veículos, tornando a via um lugar mais seguro para a convivência.
Proprietária de um café estabelecido há oito meses no local, Vânia Sales está percorrendo a vizinhança e tem ouvido depoimentos assustados:
– Quase todas as casas e estabelecimentos dessa quadra já sofreram algum assalto. Todos têm histórias para contar, e a sensação de insegurança está muito grande entre nós – narra.
Uma das principais reivindicações que ouviu dos vizinhos foi a respeito da troca de mão da via. Esse é o único trecho da Miguel Tostes que apenas sobe, em direção à Cabral, e acaba ficando isolado, reclamam os comerciantes locais. Eles esperam uma inversão da mão da rua ou a adoção de mão-dupla, que aumentaria o movimento e, consequentemente, inibiria a violência. Esse pedido já virou um abaixo-assinado, que está sendo bem aceito entre a vizinhança.
– A partir das 18h, ninguém mais sai na rua, e ficamos isolados aqui. A ideia é poder trazer eventos para a região e tornar a via mais agradável para morar e trabalhar – defende Vânia.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) informou que não utiliza quesitos como periculosidade ou número de assaltos para realizar a gestão do trânsito. “Entretanto, caso haja uma orientação nesse sentido, por parte da Brigada Militar, a EPTC avaliará a possibilidade de alteração” informou o órgão, via nota oficial.
Vizinhos e empresários compartilham sentimento de medo
No pequeno trecho da Rua Miguel Tostes, todos têm histórias para contar. Proprietária de um brechó, Gleci Chaves diz que mantém as portas sempre fechadas e nunca fica sozinha no estabelecimento comercial que possui há oito anos:
– Já vi muitos assaltos, inclusive à mão armada, em plena luz do dia. A situação está horrível, é muito triste.
Já a arquiteta Saionara Soares, estabelecida recentemente na quadra, diz que em poucas semanas já vivenciou muitas situações de violência.
– Quase não vemos policiamento por aqui. A impunidade dessas pessoas que cometem crimes na região só impulsiona a ter mais e mais casos – lamenta.
Moradora há 30 anos da rua, Ivonete Brum Lopes aconselha os vizinhos e visitantes a não deixarem o carro na rua e já perdeu as contas de quantos amigos já tiveram seus veículos arrombados nas redondezas da sua casa.
De acordo com o coronel Alfeu de Freitas Moreira, responsável pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), ainda não tinha chegado a ele informações de problemas naquela área. Ele diz que é preciso fazer um trabalho de inteligência para identificar os indivídos que cometem os delitos e realizar abordagens de forma pró-ativa, coibindo novas ações.
– É preciso uma interação entre a Brigada Militar e os usuários da via. Vou avisar o comandante do 9º Batalhão para que ele vá pessoalmente conversar com os moradores – comprometeu-se o coronel.
Em caso de emergência, explica, o ideal é acionar o policiamento pelo telefone 190. Já em casos recorrentes ou que haja possibilidade de identificação de suspeitos, o ideal é acionar a 3ª Companhia do 9º Batalhão, cujo telefone é o 3288-3217.
PROTESTO CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
CONTRA A VIOLÊNCIA
Dezenas de pessoas, entre familiares, amigos e colegas de trabalho, reuniram-se ontem no Paço Municipal, em Porto Alegre, para lembrar a morte de Márcia Calixto Carnetti, 39 anos, e de seu filho, Matheus, e protestar contra a violência doméstica.
– Nós sabemos que, com isso, nossa Márcia não vai voltar a viver, mas pode evitar que outras mulheres morram – disse a amiga e colega Rosane Gralha.
Mudas de plantas coloridas levadas pelos manifestantes contrastavam com as camisetas brancas com mensagens encomendadas por colegas da prefeitura – Márcia era enfermeira do município. Na parte da frente da vestimenta, havia uma foto das duas vítimas com os dizeres “Paz para Márcia e Matheus” e, nas costas, “Respeito! Justiça!”.
A ideia agora é organizar outras manifestações. Segundo uma das organizadoras do protesto, Márcia Silva, o grupo irá comparecer de novo, desta vez ao Largo Glênio Peres, na próxima quarta-feira, ao meio-dia, para chamar a atenção para a Lei Maria da Penha, que protege as mulheres de agressões e completa seis anos na semana que vem.
– Nesse dia, tragam fotos dos seus mortos. Precisamos avisar a sociedade que eles não são poucos. São muitos. São mulheres. E não objetos – desabafa Maria de Fátima de Bem, também integrante do grupo organizador.
Dezenas de pessoas, entre familiares, amigos e colegas de trabalho, reuniram-se ontem no Paço Municipal, em Porto Alegre, para lembrar a morte de Márcia Calixto Carnetti, 39 anos, e de seu filho, Matheus, e protestar contra a violência doméstica.
– Nós sabemos que, com isso, nossa Márcia não vai voltar a viver, mas pode evitar que outras mulheres morram – disse a amiga e colega Rosane Gralha.
Mudas de plantas coloridas levadas pelos manifestantes contrastavam com as camisetas brancas com mensagens encomendadas por colegas da prefeitura – Márcia era enfermeira do município. Na parte da frente da vestimenta, havia uma foto das duas vítimas com os dizeres “Paz para Márcia e Matheus” e, nas costas, “Respeito! Justiça!”.
A ideia agora é organizar outras manifestações. Segundo uma das organizadoras do protesto, Márcia Silva, o grupo irá comparecer de novo, desta vez ao Largo Glênio Peres, na próxima quarta-feira, ao meio-dia, para chamar a atenção para a Lei Maria da Penha, que protege as mulheres de agressões e completa seis anos na semana que vem.
– Nesse dia, tragam fotos dos seus mortos. Precisamos avisar a sociedade que eles não são poucos. São muitos. São mulheres. E não objetos – desabafa Maria de Fátima de Bem, também integrante do grupo organizador.
MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM PORTO ALEGRE/RS
CONVITE
TENHO A HONRA DE CONVIDAR PARA O EVENTO (MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM DEFESA DA SEGURANÇA PÚBLICA):
DATA: 03 DE AGOSTO DE 2012
LOCAL: AUDITÓRIO DANTE BARONE junto ao PALÁCIO FARROUPILHA - JUNTO À ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA RS
HORÁRIO: DAS 08horas45minutos ATÉ ÀS 18:00Horas
PAUTA: LEI DAS DROGAS - USO E PORTE (consequências oriundas da aprovação da lei)
VIOLENCIA URBANA (O QUE FALTA PARA QUE A POLÍCIA POSSA CUMPRIR SUA MISSÃO)
SAÚDE PUBLICA ( Como ficará a saúde pública para o tratamento dos dependentes químicos e drogados)
COMO A SOCIEDADE PODE CONTRIBUIR NA INTEGRAÇÃO COM AS POLÍCIAS
APLICAÇÃO DA LEI AOS MENORES INFRATORES (QUAL O MODELO MAIS ADEQUADO, E QUAIS OS RESULTADOS QUE O ECA TEM PROPORCIONADO NA RECUPERAÇÃO DOS MENORES INFRATRORES.)
COMO MELHORAR E MANTER O PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DAS DROGAS (PROERD), O QUE É PRECISO?
QUAIS AS CARENCIAS DA BRIGADA MILITAR PARA SUA PERFEITA OPERACIONALIDADE;
QUAIS AS CARENCIAS DOS POLICIAIS CIVIS, NO COMBATER AO CRIME ORGANIZADO;
Desta forma, é necessária a sua elevada presença, para poder conhecer e colaborar divulgando aos seus colegas e amigos, o debate destes temas tão importantes.
NOTA: Este evento NÃO tem bandeira partidária, é público e gratuito, e nenhuma finalidade eleitoreira ou política. É a sociedade interagindo com órgãos ligados à segurança pública, magistrados, promotores de justiça, delegados de polícia Civil e Federal, Brigada Militar comando, e seus colaboradores, e imprensa em geral.
Desde já e contando com sua vossa presença, firmo-me atenciosamente:
Marlon Willlrich
Promotor de Polícia Comunitária
Registro no SENASP/MJ sob nº: 6364.
FONE: 96116386
TENHO A HONRA DE CONVIDAR PARA O EVENTO (MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM DEFESA DA SEGURANÇA PÚBLICA):
DATA: 03 DE AGOSTO DE 2012
LOCAL: AUDITÓRIO DANTE BARONE junto ao PALÁCIO FARROUPILHA - JUNTO À ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA RS
HORÁRIO: DAS 08horas45minutos ATÉ ÀS 18:00Horas
PAUTA: LEI DAS DROGAS - USO E PORTE (consequências oriundas da aprovação da lei)
VIOLENCIA URBANA (O QUE FALTA PARA QUE A POLÍCIA POSSA CUMPRIR SUA MISSÃO)
SAÚDE PUBLICA ( Como ficará a saúde pública para o tratamento dos dependentes químicos e drogados)
COMO A SOCIEDADE PODE CONTRIBUIR NA INTEGRAÇÃO COM AS POLÍCIAS
APLICAÇÃO DA LEI AOS MENORES INFRATORES (QUAL O MODELO MAIS ADEQUADO, E QUAIS OS RESULTADOS QUE O ECA TEM PROPORCIONADO NA RECUPERAÇÃO DOS MENORES INFRATRORES.)
COMO MELHORAR E MANTER O PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DAS DROGAS (PROERD), O QUE É PRECISO?
QUAIS AS CARENCIAS DA BRIGADA MILITAR PARA SUA PERFEITA OPERACIONALIDADE;
QUAIS AS CARENCIAS DOS POLICIAIS CIVIS, NO COMBATER AO CRIME ORGANIZADO;
Desta forma, é necessária a sua elevada presença, para poder conhecer e colaborar divulgando aos seus colegas e amigos, o debate destes temas tão importantes.
NOTA: Este evento NÃO tem bandeira partidária, é público e gratuito, e nenhuma finalidade eleitoreira ou política. É a sociedade interagindo com órgãos ligados à segurança pública, magistrados, promotores de justiça, delegados de polícia Civil e Federal, Brigada Militar comando, e seus colaboradores, e imprensa em geral.
Desde já e contando com sua vossa presença, firmo-me atenciosamente:
Marlon Willlrich
Promotor de Polícia Comunitária
Registro no SENASP/MJ sob nº: 6364.
FONE: 96116386
Assinar:
Postagens (Atom)