A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

domingo, 5 de agosto de 2012

PROTESTOS CONTRA VIOLÊNCIA DE POLICIAIS

zero hora 05 de agosto de 2012 | N° 17152 
 
EM NOME DAS VÍTIMAS 
 
VIOLÊNCIA DE POLICIAIS GERA PROTESTOS NO RIO

A violência das operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro tem sido motivo de protestos. Segundo o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, um dos objetivos é que o governo do Estado se pronuncie sobre um dos mais recentes acontecimentos trágicos envolvendo a morte de criança em operação policial e declare o que pretende fazer para que esses casos não se repitam.

Na sexta-feira, a morte da menina Bruna, 11 anos, atingida por um tiro de fuzil na barriga em tiroteio entre traficantes e policiais, na favela de Costa Barros, na zona norte do Rio, completou uma semana.

– São vários os casos de pessoas inocentes e crianças pobres mortas em operação policial nas favelas e ruas do Rio de Janeiro. Muitas dessas mortes geraram comoção pública e debate, mas pouco se fez pelas famílias das vítimas – afirma o presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa.

Um dos atos organizados pela ONG foi realizado na sexta-feira, quando um lençol de 30 metros de comprimento, manchado de vermelho para simbolizar o sangue derramado por inocentes, foi estendido na praia de Copacabana. Participaram parentes de vítimas mortas em tiroteios. Um cartaz de dois metros de altura e sete de largura foi fixado na praia com a frase: “Bruna, Juan, Wesley, João Roberto, Ramon, Fabiana, Alana, perdão. Rio de Janeiro”.

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