A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

POVO BRASILEIRO TEMA UMA AGRESSÃO EXTERNA PELA AMAZÔNIA


BEATRIZ FAGUNDES, REDE PAMPA, O SUL
Porto Alegre, Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2011.


O povo brasileiro não está totalmente alienado quanto aos movimentos do tabuleiro da geopolítica mundial!

Aleluia! O povo brasileiro não está totalmente alienado quanto aos movimentos do tabuleiro da geopolítica mundial! O resultado de uma pesquisa divulgada ontem pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta que metade dos brasileiros considera real o risco de o Brasil sofrer nas próximas duas décadas um ataque de algum país interessado em se apoderar de áreas estratégicas. A pesquisa escutou 3.796 pessoas de 212 municípios nos 26 Estados e Distrito Federal.

Segundo o Ipea, 50,2% dos entrevistados consideram "muito" ou "totalmente" possível que o Brasil seja alvo de agressão militar estrangeira em função de interesses sobre a Amazônia. Outros 45% creem que o Brasil poderá ser atacado por causa das bacias do pré-sal, que podem transformar o País em um dos maiores exportadores de petróleo. Apenas 30%, provavelmente consumidores de outras fontes de informação, descartam totalmente a ocorrência de um conflito por ambos os motivos, segundo a pesquisa, que tem uma margem de erro de 5 pontos percentuais. "As duas regiões são apontadas como estratégicas em todos os documentos de defesa e essa percepção está presente entre a população brasileira, embora não seja algo de seu cotidiano", afirmou Edison Benedito, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea e um dos responsáveis pelo estudo.

O funcionário qualificou como "surpreendente" a alta percentagem de pessoas que teme uma agressão externa pela Amazônia ou pelo pré-sal e destacou que o temor é principalmente elevado (66%) entre a população que vive na região amazônica. Já a assessora técnica do Ipea, Luciana Acioly, considerou os resultados da pesquisa como uma demonstração que a população está atenta aos assuntos relativos às riquezas do País e ao maior protagonismo mundial do Brasil. "Essa importância que o Brasil está ganhando no mundo leva a população a perceber quais as encruzilhadas em que nos encontramos", comentou.

Segundo a enquete, 34,7% das pessoas temem que o Brasil se envolva em uma guerra com outro país nos próximos 20 anos, contra 30,4% que consideram isso pouco provável e 34,3% que acreditam ser impossível. Além do temor de guerra, os entrevistados responderam que têm medo do crime organizado (54%), como tráfico de drogas e armas, de desastres ambientais ou climáticos (38%), de epidemias (30%) e terrorismo (29%)

A Amazônia, com sua biodiversidade e geodiversidade de trilhões de dólares, conforme o que se avalia do pouquíssimo que até agora a ciência investigou, provavelmente vale mais do que todos os campos petrolíferos do mundo. Sem contar com a importância vital da Amazônia para a vida no planeta Terra, como reguladora da temperatura no astro. A Amazônia tem o produto mais valioso para o futuro da humanidade: as maiores reservas de água doce do mundo.

"Considerávamos que a porcentagem dos que manifestariam temor aos conflitos armados com outro país seria menor. Foi surpreendente essa percepção da população já que o último conflito em que o Brasil se envolveu foi a Segunda Guerra Mundial e o último com ampla mobilização de recursos foi a guerra contra o Paraguai, há mais de 140 anos", declarou Rodrigo Gracalossi, outro técnico do Ipea.

O povo está "ligado"! A conferir!

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