A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

segunda-feira, 16 de março de 2015

GOVERNO PROMETE AÇÕES ANTICORRUPÇÃO PRESSIONADO POR MAIS DE UM MILHÃO NAS RUAS

ZERO HORA 15/03/2015 | 20h31

Mais de um milhão vão às ruas, e governo promete ações anticorrupção. Em Porto Alegre, cerca de cem mil pessoas participaram do protesto



Em Porto Alegre, cerca de 100 mil foram às ruas, conforme a BM. Já em São Paulo, polícia estimou presença de um milhão Foto: Montagem sobre fotos de Ricardo Duarte e Diego Vara / Agência RBS

Uma série de protestos contra o governo de Dilma Rousseff e a corrupção marcaram o domingo em diversas cidades do país. O ato mais numeroso foi registrado em São Paulo, onde um milhão de pessoas foram às ruas, conforme a Polícia Militar. Em Porto Alegre, cerca de 100 mil marcharam do Parcão à Redenção.

Após os atos, o governo federal prometeu anunciar nos próximos dias um conjunto de medidas de combate à corrupção, durante um pronunciamento dos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, realizaram um pronunciamento para divulgar a posição oficial do governo.

Grande parte dos manifestantes exigiu o impeachment da presidente, reeleita por uma margem de 3%. Muitos também pedem a intervenção militar para acabar com mais de 12 anos de governo petista, um paradoxo em um dia em que se comemora, justamente, os 30 anos da volta da democracia ao Brasil após a longa ditadura iniciada em 1964.


Veja mais imagens dos protestos no país:


Quem são os articuladores nacionais do protesto contra Dilma Em São Paulo, foi praticamente impossível caminhar entre a multidão que lotou os 4 km da Avenida Paulista. Com cerca de um milhão de participantes, o ato foi o mais numeroso do país.

Entre 45 mil e 50 mil pessoas também marcharam até o Congresso, em Brasília, entre eles o empresário de construção civil Alessandro Braga, de 37 anos, acompanhado da mulher e do filho pequeno em um carrinho.

— Apoio a saída de Dilma. Os maiores escândalos de corrupção ocorreram durante seu governo, e ela não disse nada — argumentou.


Já no Rio de Janeiro, a orla de Copacabana foi tomada por cerca de 15 mil pessoas, segundo a polícia. Entre os manifestantes estava a produtora de TV Rita Souza, 50 anos, que exibia um cartaz com as palavras "Intervenção militar já".

— Não estou pedindo um novo golpe de Estado, e sim uma intervenção constitucional para convocar novas eleições limpas, sem urna eletrônica, sem manipulação do PT. Que vão todos para Cuba! — declarou.

Em Porto Alegre, cerca de cem mil pessoas foram às ruas, segundo a Brigada Militar. O grupo concentrou-se no Parcão, no bairro Moinhos de Vento, e caminhou até a Redenção. Pela manhã, um grupo que apoia o governo federal assou coxinhas de galinha em uma crítica aos manifestantes.

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