A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

AINDA SOMOS PRIMITIVOS!





BEATRIZ FAGUNDES, O SUL
Porto Alegre, Sexta-feira, 15 de Junho de 2012.


Todos os avanços da civilização ficam reduzidos a pó quando o ser primitivo que habita em cada um se levanta.

Todos os avanços da tecnologia se transformam em nada diante dos ímpetos da alma humana! Cinema em terceira dimensão, internet banda larga em 4 G , TV e rádio digitais, informação em tempo real oriunda de qualquer parte do planeta. Mas a comunicação instantânea, através de diversas plataformas, significa rigorosamente "nada" quando atravessa o caminho da racionalidade, modernidade, tecnologia e essência atávica humana! O que rege o desejo ancestral de contato físico entre dois seres humanos? Quem consegue regular a violenta emoção que antecede o encontro sexual entre um homem e uma mulher? Ou mesmo entre duas pessoas do mesmo sexo? Quem consegue controlar o desejo quando ele surge? A humanidade, tal qual conhecemos, já viajou rumo às estrelas, concebeu e tornou realidade inúmeros aparelhos que hoje imperam em nossas "cavernas", apartamentos high-techs, sem, em nenhum momento, conseguir dar uma solução aos seres humanos quando mergulham em uma paixão física, carnal, sexual, devoradora. As grandes tragédias revelam em seu DNA a violência da paixão humana! Os assassinatos, com suas variáveis, expostos diariamente no noticiário, quando olhados de perto, apresentam, de forma derradeira, sempre as mesmas motivações. Prazer. Posse. Sexo. Dinheiro. Prazer!

O tema poderia ser a esquartejadora de São Paulo, que, segundo as últimas notícias, teria degolado o marido ainda vivo! Inacreditável! Chocante! Mas, e as tragédias do airbus da Air France e do navio Costa Concordia, que naufragou na Itália? O que as duas tragédias, que resultaram na morte de centenas de pessoas, têm em comum? A rede de TV norte-americana ABC News levantou a hipótese de que o comandante do AF 447, Marc Dubois, estava totalmente envolvido no momento do acidente com a atendente Veronique Gaignard durante o desastre do avião, que caiu oceano Atlântico, em junho de 2009, deixando 228 mortos. A reportagem lembra que, no momento em que os pitots (sensores de velocidade) do airbus congelaram e o piloto automático desconectou, Dubois estava em seu período de descanso (na verdade, estaria transando com Veronique). Os copilotos tentaram chamá-lo através de um alarme cinco vezes. Ele só retornou à cabine dois minutos após o início da queda do avião.

Já o capitão Francesco Schettino, do navio Costa Concordia, que naufragou no dia 13 de janeiro deste ano, no momento da tragédia, estaria ocupado com Domenica Cemortan, segundo os principais jornais da Itália. Conforme alguns passageiros, eles tomaram vinho e depois foram juntos para a cabine de comando. Ela não constava na lista de pessoas a bordo por ser de uma cota reservada de convidados do comandante, uma prática comum em cruzeiros. Todos os avanços da civilização ficam reduzidos a pó quando o ser primitivo que habita em cada um se levanta.

A piada se confirma: Um lagartixo e uma lagartixa iam de mãos dadas atravessar a rua. Ele era alto, moreno, de olhos azuis, lindo como qualquer príncipe. Ela também era alta, loira, olhos verdes, linda como uma princesa, só que tinha um rabo enorme. Quando estavam quase chegando ao outro lado da rua, o lagartixo nota que a roda de uma bicicleta vem na direção do rabo da namorada e, em um desespero de amor, ele a empurra para cima da calçada e ela se salva. Mas, por uma ironia do destino, a roda da bicicleta passa bem por cima da sua cabeça e ele morre. Moral da história: por causa de um bom rabo muitas vezes se perde a cabeça. Ainda somos primitivos!

 

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