A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

domingo, 4 de setembro de 2011

EXEMPLO PARA O BRASIL - 400 MIL ISRAELITAS EXIGINDO JUSTIÇA SOCIAL



Protesto contra injustiça social e alto custo de vida reúne 400 mil pessoas em Israel. Movimento exige um estado voltado ao bem-estar social e denuncia que nos últimos 20 anos o financiamento público de residências populares quase desapareceu - AFP, ZERO HORA, 03/09/2011 | 18h30min

Ao menos 400 mil pessoas protestaram na noite deste sábado no centro de Tel Aviv e em outras 15 cidades do país contra a "injustiça social" e o alto custo de vida em Israel, segundo a imprensa israelense. Os três canais de televisão estimaram que o número de manifestantes superou o registrado no grande movimento de 6 de agosto passado, quando 300 mil pessoas protagonizaram o maior protesto social da história de Israel.

O epicentro do protesto deste sábado foi a Praça do Estado, em Tel Aviv, onde se reuniram mais de 300 mil pessoas, segundo as emissoras. Outros 100 mil manifestantes se concentraram em diversas cidades, incluindo 30 mil em Jerusalém, diante da residência do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e outras 30 mil em Haifa.

— Disseram que o movimento estava estancado, mas esta noite provamos o contrário. Nós, novos israelenses, estamos determinados a seguir lutando por uma sociedade mais justa e melhor, mas sabemos que o caminho será longo e difícil — declarou Itzik Shmuli, um dos líderes do protesto.

Os manifestantes, na maioria jovens, gritavam: "o povo exige justiça social".

— Vamos provar que este movimento não está enterrado, que o povo está disposto a sair às ruas por justiça social, por habitação acessível, por educação e saúde públicas. É preciso manter a pressão sobre Benjamin Netanyahu, não podemos recuar — Stav Shafir, outro líder da manifestação.

O movimento exige um estado voltado ao bem-estar social e denuncia que nos últimos 20 anos o financiamento público de residências populares quase desapareceu no país, o que disparou os preços do aluguéis, especialmente em Tel Aviv.

Netanyahu criou uma comissão para examinar uma série de reformas, mas o movimento teme que seja uma jogada para ganhar tempo e esvaziar os protestos.

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