A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O BRASIL CONTRA A CORRUPÇÃO - NA ESPLANADA, 25 MIL MARCHAM NO DIA DA INDEPENDÊNCIA


Na Esplanada, 25 mil pessoas marcham contra a corrupção - Juliana Braga - Maria Júlia Lledó - CORREIO BRAZILIENSE, 07/09/2011 12:52

Os manifestantes seguirão até a bandeira nacional, na Praça dos Três Poderes
Convocada via Facebook, a Marcha contra a Corrupção concentrou 25 mil participantes - muitos vestidos de preto e com narizes de palhaço - na Praça dos Três Poderes. O número foi confirmado pela Polícia Militar do DF. Inicialmente marcada para 28 de agosto, a manifestação foi adiada para hoje (7/9), no mesmo horário do desfile cívico da independência.

O movimento ganhou força depois que a Câmara dos Deputados absolveu a parlamentar Jaqueline Roriz (PMN-DF), em 30 de agosto. Até então, conta a idealizadora da marcha, Luciana Kalil, 5 mil pessoas haviam confirmado presença no evento por meio da página criada no Facebook. Depois disso, 30 mil internautas afirmaram seu comprometimento, e o número de integrantes da comissão organizadora passou de cinco para 40.

"Criei esse evento nas redes sociais porque já estava farta de tanta corrupção. A absolvição da Jaqueline Roriz foi a gota d'água", comenta a profissional autônoma. Os participantes se concentraram por volta das 9h em frente ao Museu Nacional e marcharam na Esplanada, em uma pista paralela à do desfile. Ao chegar à bandeira, na Praça dos Três Poderes, cantarão o Hino Nacional. Eles não pretendem entregar manifestos por escrito à presidente Dilma Rousseff.

"Não queremos atrapalhar o desfile nem causar confusão. Somos pacíficos e apartidários", enfatizou Francisco Zauer, que também integra a organização da marcha. Durante toda a caminhada, eles serão acompanhados por um carro de som cedido pela Associação dos Advogados de Brasília.

Servidores

Antes dessa concentração, já havia chegado à Esplanada um grupo de servidores para protestar contra as mais recentes denúncias envolvendo integrantes do governo federal. Vestidos de laranja, eles participam do núcleo Sérgio Buarque de Hollanda, o qual defende que as corrupções ativa e passiva sejam classificadas como crimes hediondos.

"Defendemos a educação fiscal. Muito dinheiro público vai pelo ralo por conta de desvios", comentou Rita Feliceti, 52 anos, servidora da Receita Federal. O grupo de que ela participa trouxe ainda 100 camisetas cor de laranja para vender durante o dia de manifestações populares.

Manifestantes fazem lavagem simbólica da pista em frente ao Museu Nacional. Juliana Braga - CORREIO BRAZILIENSE, 07/09/2011 10:48

Cerca de 20 manifestantes promoveram hoje (7/9) uma lavagem simbólica da pista em frente ao Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios. Organizados via internet, eles usaram baldes, vassouras e esfregões para protestar contra as recentes acusações de corrupção no governo federal.

"É preciso fortalecer os mecanismos de controle da corrupção e as instituições à frente dessa tarefa, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU)", defendeu Charles Guerreiro, presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Consumidores de Combustíveis e Derivados, uma das entidades que participam da manifestação.

Os participantes da lavagem também caminharão até o Ministério da Agricultura. O comando da pasta foi trocado em agosto deste ano, depois de denúncias envolvendo Milton Ortolan e Wagner Rossi (então ocupantes dos cargos de secretário-executivo e ministro, respectivamente) e um lobista.

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