A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sábado, 10 de setembro de 2011

PRONTO PARA A PRÓXIMA MANIFESTAÇÃO


Pronto para a próxima manifestação. Estudante vira símbolo do movimento anticorrupção e promete voltar às ruas - o globo, 08/09/2011 às 22h54m - Jailton de Carvalho

BRASÍLIA - Um dia depois de participar da Marcha contra a Corrupção, o estudante Tiago Lira, de 22 anos, estava exultante com o inesperado sucesso do primeiro grande protesto do país surgido a partir de troca de mensagens nas redes sociais. Lira guardou recortes dos jornais com as fotos das manifestações, trocou e-mails com amigos e começou a se preparar para a próxima manifestação.

Ainda não há nada definido, o grupo continua sem centro de comando, mas o internauta espera deixar as telas do mundo virtual e voltar às ruas para mais um protesto real contra a corrupção, no feriado do 15 de Novembro.

- Provavelmente vamos fazer uma nova manifestação no feriado da Proclamação da República. Isso é o que eu acho. A gente não esperava essa repercussão toda - disse Lira.

O estudante de Ciências Políticas da UnB apareceu por acaso em fotos de vários jornais que fizeram a cobertura do Sete de Setembro em Brasília e, da noite para o dia, se viu transformado em celebridade do movimento contra a corrupção. Sem vínculos com partidos, sindicatos ou associações, Lira nunca tinha participado de nenhum protesto.

- Essa manifestação foi muito saborosa. Senti que as pessoas acreditam na política brasileira e que as coisas vão mudar - disse.

O estudante vive com uma tia num afastado condomínio de Sobradinho, cidade satélite de Brasília, e até o dia do protesto achava que a corrupção seria invencível porque políticos de todos os partidos estariam envolvidos com falcatruas. Para ele, ninguém tem credibilidade e coragem suficiente para levantar a bandeira anticorrupção.
Com a Marcha, um protesto "sem rosto, sem líder", como ele diz, as perspectivas mudaram:

- Ninguém levantou bandeira de partido. Todos levantaram a bandeira do Brasil. Foi isso que deu liga ao movimento. E isso vai continuar.

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