EDITORIAL ZERO HORA 17/10/2011
O lançamento no Estado das bandeiras do Movimento Brasil Eficiente, realizado ontem, é um momento propício para que a sociedade reflita sobre a importância de o poder público atuar de forma mais responsável na gestão administrativa, contribuindo também para maior expansão da iniciativa privada. Deflagrada no ano passado, em São Paulo, por entidades empresariais e do setor público, a iniciativa luta particularmente pela redução da carga tributária e, ao mesmo tempo, por uma retomada dos investimentos em níveis compatíveis com as necessidades do país. Em ambos os casos, são questões que dizem respeito diretamente aos interesses dos contribuintes, que vivem na expectativa de um melhor retorno dos recursos desembolsados como impostos.
Impulsionado pela onda de cidadania que vem se revelando crescente em todo o mundo, os organizadores do movimento lançado no Palácio do Ministério Público, em Porto Alegre, defendem uma redução gradativa na carga tributária, atualmente em níveis que se mostram recordes a cada ano. A justificativa é de que, com menos impostos, o país tenderá a crescer mais, o que vai implicar automaticamente um aumento da arrecadação, associado a mais produção e mais emprego.
Ao mesmo tempo, a iniciativa pressiona por uma redução nas despesas do setor público, num ritmo crescente a cada ano. Uma conquista nesta área abriria caminho para a expansão da taxa de investimento, hoje modesta demais devido justamente ao excesso de gastos.
Como justificam os responsáveis pelo movimento, uma máquina governamental mais preocupada com o zelo no uso de dinheiro público fica sempre em melhores condições de atender às demandas da sociedade. E a eficiência, em áreas como educação, saúde e segurança, depende, na maioria das vezes, unicamente de uma aplicação mais cuidadosa dos recursos colocados à disposição pelos contribuintes.
A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.
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