ZERO HORA 27 de julho de 2013 | N° 17504
Paulo Vellinho*
Acho simplória a interpretação que algumas pretensas lideranças estão dando para o que está acontecendo no Brasil.
Cegos pelos encantos e conveniência do poder, muitos de nossos dirigentes perderam o pudor; veja-se o caso do presidente da Câmara que, com a cara mais deslavada, usou um avião da FAB para transportar a namorada e outros parentes, sendo flagrado com a “boca na botija”.
O que está acontecendo é a presença das poderosas redes sociais comprovadamente capazes de mobilizar a sociedade, especialmente os jovens, vítimas que são da incúria do poder que nada faz para assegurar-lhes saúde física e mental e educação de alta qualidade, sem o que não existe uma verdadeira democracia, até porque não convém aos demagogos e populistas uma sociedade mais homogênea em termos de qualidade, pois esses “novos democratas” se inspiram nos regimes ditatoriais, como o cubano por exemplo.
Afinal quais são as mensagens que se extraem dos cartazes mostrados pelos integrantes dos grupos que clamam por um novo Brasil?
Vejamos:
- A corrupção e a impunidade onde os corruptos são execrados e os corruptores continuam imortais.
- O desprezo com que a sociedade rebelada avalia a situação do país e as razões da sua desconformidade: o poder do corporativismo egoísta que construiu para si uma sociedade diferenciada sem desequilíbrios socioeconômicos e deixando para nós, os habitantes do andar de baixo, com a responsabilidade de sustentá-los e nada receber em troca, pois os custos absurdos da máquina pública nada deixam de reserva para investir-se na infraestrutura.
- Nesse Brasil de escândalos e impunidades o grande herói foi o ministro Joaquim Barbosa, cuja façanha foi apenas ter coragem de condenar os réus do Mensalão.
- A falta de reflexão das más lideranças políticas e sindicais, que, ao ignorar a tragédia socioeconômica de alguns países da Europa que teimaram em distribuir benesses com dinheiro público, resultou na falência daqueles países, com todos os sofrimentos decorrentes para o restabelecimento do equilíbrio econômico e financeiro.
- A sigla, “Mais Circo e Menos Pão,” faz com que se gaste onde não se deve, preterindo os investimentos por motivos como saúde, educação e infraestrutura, as únicas ferramentas capazes de construir uma sociedade mais decente em termos sociais e econômicos.
- Que se revisem todos os projetos assistenciais que escravizam seus dependentes, substituindo-os gradativamente por uma nova sociedade politicamente superior àquela que aí está.
- Por último, uma nova Constituição mais adulta e menos paternalista, na qual direitos e deveres coexistem e são respeitados.
As reformas de base como tributária, política e educacional, por exemplo, são exigências do novo Brasil no qual soberania seja realmente soberania e assim todos os seus corolários.
Paulo Vellinho*
Acho simplória a interpretação que algumas pretensas lideranças estão dando para o que está acontecendo no Brasil.
Cegos pelos encantos e conveniência do poder, muitos de nossos dirigentes perderam o pudor; veja-se o caso do presidente da Câmara que, com a cara mais deslavada, usou um avião da FAB para transportar a namorada e outros parentes, sendo flagrado com a “boca na botija”.
O que está acontecendo é a presença das poderosas redes sociais comprovadamente capazes de mobilizar a sociedade, especialmente os jovens, vítimas que são da incúria do poder que nada faz para assegurar-lhes saúde física e mental e educação de alta qualidade, sem o que não existe uma verdadeira democracia, até porque não convém aos demagogos e populistas uma sociedade mais homogênea em termos de qualidade, pois esses “novos democratas” se inspiram nos regimes ditatoriais, como o cubano por exemplo.
Afinal quais são as mensagens que se extraem dos cartazes mostrados pelos integrantes dos grupos que clamam por um novo Brasil?
Vejamos:
- A corrupção e a impunidade onde os corruptos são execrados e os corruptores continuam imortais.
- O desprezo com que a sociedade rebelada avalia a situação do país e as razões da sua desconformidade: o poder do corporativismo egoísta que construiu para si uma sociedade diferenciada sem desequilíbrios socioeconômicos e deixando para nós, os habitantes do andar de baixo, com a responsabilidade de sustentá-los e nada receber em troca, pois os custos absurdos da máquina pública nada deixam de reserva para investir-se na infraestrutura.
- Nesse Brasil de escândalos e impunidades o grande herói foi o ministro Joaquim Barbosa, cuja façanha foi apenas ter coragem de condenar os réus do Mensalão.
- A falta de reflexão das más lideranças políticas e sindicais, que, ao ignorar a tragédia socioeconômica de alguns países da Europa que teimaram em distribuir benesses com dinheiro público, resultou na falência daqueles países, com todos os sofrimentos decorrentes para o restabelecimento do equilíbrio econômico e financeiro.
- A sigla, “Mais Circo e Menos Pão,” faz com que se gaste onde não se deve, preterindo os investimentos por motivos como saúde, educação e infraestrutura, as únicas ferramentas capazes de construir uma sociedade mais decente em termos sociais e econômicos.
- Que se revisem todos os projetos assistenciais que escravizam seus dependentes, substituindo-os gradativamente por uma nova sociedade politicamente superior àquela que aí está.
- Por último, uma nova Constituição mais adulta e menos paternalista, na qual direitos e deveres coexistem e são respeitados.
As reformas de base como tributária, política e educacional, por exemplo, são exigências do novo Brasil no qual soberania seja realmente soberania e assim todos os seus corolários.
*EMPRESÁRIO
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