A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sábado, 6 de julho de 2013

POLICIAIS MILITARES TAMBÉM SAEM ÀS RUAS

ZERO HORA 06 de julho de 2013 | N° 17483

DIREITOS IGUAIS


Ao ecoarem pelas vias da região central de Porto Alegre coros como “sem polícia não tem Copa” e “queremos salário Fifa”, policiais militares de todas as regiões do Estado tocaram em um tema recorrente dos recentes protestos. Soldados, sargentos e tenentes – servidores de nível médio – da Brigada Militar expressaram ontem, com cartazes e faixas, a insatisfação com os salários pagos pelo governo estadual e pediram a verticalidade (aumento igual para todos os níveis).

Antes de bloquearem vias do Centro Histórico, policiais orientavam que a marcha fosse “ordeira e pacífica”. Guiado por cavalarianos, o grupo de cerca de 2 mil pessoas cantou o hino rio-grandense e, cordialmente, liberou o trânsito para motoristas passarem no meio da multidão.

A segurança da manifestação foi feita pelos policiais com motocicletas do 9º Batalhão de Polícia Militar. Entre participantes circulou o boato de que o comando-geral tentou evitar o protesto. Conforme o tenente-coronel Eviltom Pereira Diaz, chefe de Comunicação da BM, o coronel Fábio Duarte Fernandes, chefe da BM, esteve em reuniões com as associações e mantém o diálogo aberto.

O protesto dos policiais virou comentário entre ativistas de mobilizações anteriores. Segundo o presidente da Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf), sargento Leonel Lucas, o Bloco de Luta pelo Transporte Público procurou a entidade.

– Essa luta é nossa. Disse que se a participação fosse pacífica, poderiam vir – afirma Lucas.

A presença do Bloco ficou restrita a um protesto com pitada de humor em frente ao Palácio Piratini. Enquanto os policiais estavam em audiência na Assembleia Legislativa, um grupo formou a “Tropa de Nhoque”, em ironia às ações da tropa de choque da BM. No final da tarde, uma comissão foi recebida pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana.


O QUE PEDEM. Algumas reivindicações

- Aumento salarial, com equiparação aos valores da Polícia Civil. Querem que o salário inicial de soldado suba de R$ 1.764,81 para R$ 3.200 no próximo ano

- Exigência de nível superior para ingresso na corporação

- Entrada única como soldado

- Verticalidade, para que os aumentos alcançados reflitam em todos os níveis

- Promoção por tempo de serviço de 12 anos















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