ZERO HORA 03 de julho de 2013 | N° 17480
PREJUÍZO DE R 49 MIL
Professor de Química no Instituto Federal de Educação em Porto Alegre, Lúcio Vieira, 58 anos, recebeu a solidariedade de amigos, familiares e até de desconhecidos no sábado, quando sua foto no carro depredado por vândalos durante o protesto da noite anterior estampou a capa de Zero Hora.
– Estava me deslocando para a abertura de um congresso, por volta de 9h30min, quando um amigo telefonou falando que a foto estava na capa. Depois familiares me ligaram, vários amigos deixaram mensagens no meu e-mail, no restaurante onde almocei fui abordado por pessoas que me reconheceram. Foi uma grande repercussão, infelizmente por um motivo não muito agradável – relata.
O professor decidiu escrever para o jornal, manifestando como se sente em relação ao ataque, que lhe deixou um prejuízo de R$ 4.945, o que pensa da manifestação – um dos filhos de Vieira, universitário de 26 anos, esteve na Praça da Matriz na noite em que seu carro foi depredado – e que atitude espera do governo.
Saí na capa da Zero Hora
LÚCIO OLÍMPIO DE CARVALHO VIEIRA
PREJUÍZO DE R 49 MIL
Professor de Química no Instituto Federal de Educação em Porto Alegre, Lúcio Vieira, 58 anos, recebeu a solidariedade de amigos, familiares e até de desconhecidos no sábado, quando sua foto no carro depredado por vândalos durante o protesto da noite anterior estampou a capa de Zero Hora.
– Estava me deslocando para a abertura de um congresso, por volta de 9h30min, quando um amigo telefonou falando que a foto estava na capa. Depois familiares me ligaram, vários amigos deixaram mensagens no meu e-mail, no restaurante onde almocei fui abordado por pessoas que me reconheceram. Foi uma grande repercussão, infelizmente por um motivo não muito agradável – relata.
O professor decidiu escrever para o jornal, manifestando como se sente em relação ao ataque, que lhe deixou um prejuízo de R$ 4.945, o que pensa da manifestação – um dos filhos de Vieira, universitário de 26 anos, esteve na Praça da Matriz na noite em que seu carro foi depredado – e que atitude espera do governo.
Saí na capa da Zero Hora
LÚCIO OLÍMPIO DE CARVALHO VIEIRA
Pois é, lá estou eu, na capa da Zero Hora do dia 29 de junho. Meia página. Muitos telefonemas, e-mails, torpedos e mensagens nas redes sociais. Muitos apertos de mão pela rua lamentando o acontecido. Centenas de amigos e desconhecidos solidários.
Um momento de fama por acontecimento lamentável. Tive o carro destruído por um bando de vândalos que, de forma oportunista, se infiltram no movimento da sociedade que clama por melhorias na saúde, na educação na segurança, nos transportes e na política acima de tudo.
Cena assustadora ver o próprio carro e de outros colegas e amigos serem destruídos por uma horda que avança pela rua e se sentir impotente para contê-los. Cena assustadora quando, tempo depois da horda passar, tentar ver o que sobrou do teu carro e novamente ter que se refugiar, pois a cavalaria que esperavas vir te defender te joga bombas de gás. Pelo menos nos antigos filmes de bangue-bangue esta cavalaria chegava a tempo de salvar os mocinhos.
Assustador também saber que parte dos moradores de uma rua adjacente se armou de paus e facas para enfrentar os vândalos.
Estes três fatos anunciam perigosamente o fracasso do Estado em proteger a população.
É urgente separar o movimento social do criminoso. É urgente a polícia ser corretamente orientada para proteger a população e não ficar cerceando a movimentação dos manifestantes.
É urgente o governador vir a público e assumir a responsabilidade pela incapacidade do Estado em oferecer a segurança necessária, tanto para a população em geral quanto àqueles que estão nas ruas pacificamente reivindicando.
É urgente o governador anunciar as mediadas que serão tomadas para que tais fatos não se repitam. Para que não nos sintamos numa cidade em estado de sítio.
E quem sou eu? Sou um professor do IFRS-campus Porto Alegre, vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre – Adufrgs-Sindical.
O que eu estava fazendo lá naquela hora? Estava acompanhando, juntamente com colegas, o encerramento do processo eleitoral que elegia a nova direção do sindicato. Ou seja, estava colhendo os frutos da nossa luta histórica pela liberdade de organização e pela democracia no país.
Que a paz esteja conosco!
DIRETOR DA ADUFRGS-SINDICATO.
Um momento de fama por acontecimento lamentável. Tive o carro destruído por um bando de vândalos que, de forma oportunista, se infiltram no movimento da sociedade que clama por melhorias na saúde, na educação na segurança, nos transportes e na política acima de tudo.
Cena assustadora ver o próprio carro e de outros colegas e amigos serem destruídos por uma horda que avança pela rua e se sentir impotente para contê-los. Cena assustadora quando, tempo depois da horda passar, tentar ver o que sobrou do teu carro e novamente ter que se refugiar, pois a cavalaria que esperavas vir te defender te joga bombas de gás. Pelo menos nos antigos filmes de bangue-bangue esta cavalaria chegava a tempo de salvar os mocinhos.
Assustador também saber que parte dos moradores de uma rua adjacente se armou de paus e facas para enfrentar os vândalos.
Estes três fatos anunciam perigosamente o fracasso do Estado em proteger a população.
É urgente separar o movimento social do criminoso. É urgente a polícia ser corretamente orientada para proteger a população e não ficar cerceando a movimentação dos manifestantes.
É urgente o governador vir a público e assumir a responsabilidade pela incapacidade do Estado em oferecer a segurança necessária, tanto para a população em geral quanto àqueles que estão nas ruas pacificamente reivindicando.
É urgente o governador anunciar as mediadas que serão tomadas para que tais fatos não se repitam. Para que não nos sintamos numa cidade em estado de sítio.
E quem sou eu? Sou um professor do IFRS-campus Porto Alegre, vice-presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre – Adufrgs-Sindical.
O que eu estava fazendo lá naquela hora? Estava acompanhando, juntamente com colegas, o encerramento do processo eleitoral que elegia a nova direção do sindicato. Ou seja, estava colhendo os frutos da nossa luta histórica pela liberdade de organização e pela democracia no país.
Que a paz esteja conosco!
DIRETOR DA ADUFRGS-SINDICATO.
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