A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

ALVOS DE PROTESTOS SÃO TEMAS COMUNS NA IMPRENSA

É verdade. Desde que me ocupo em estudar as mazelas que impedem o povo brasileiro de ter justiça, segurança, educação e saúde, copio e insiro nos meus blogs postagens divulgadas nos jornais, revistas e conteúdo dos sites dos veículos de comunicação deste país. São fontes dos anseios da população brasileira tratado com promessas, descaso e leniência pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que governam o Brasil. Enquanto os Poderes Legislativo e Judiciário agem com morosidade e indiferença, se fartando em verbas, máquina cara e régios salários para todos os cargos, o Poder Executivo vive aumentando impostos, desperdiçando dinheiro público, focando as eleições e sucateando os servidores da linha de frente e as áreas que mais importam ao povo: saúde, educação , segurança.

Aqui, nesta relação faltaram três temas importantes que estão nas ruas, mas são poucas divulgadas na imprensa: Tributação exorbitante, Segurança pública caótica e Justiça morosa e condescendente.

O GLOBO, 26/06/13 - 08:55

Manifestantes pelo país exigem nas ruas soluções para mazelas que jornais, revistas e sites de notícia abordam com frequência há anos


1. Gastos com a Copa

Maracanã nas alturas: Atento à disparada dos custos das obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014, O GLOBO mostrou, em 8 de maio deste ano, que a reforma do Maracanã, orçada inicialmente em R$ 600 milhões, já tinha absorvido praticamente o dobro, R$ 1,049 bilhão. Dois dias depois, o EXTRA destacava que o estádio carioca é o terceiro do mundo entre os que mais usaram dinheiro público na sua construção. Ainda em maio, O GLOBO apontou o destino mais provável de vários estádios construídos para a Copa: tornarem-se elefantes brancos.


2. Saúde

Mal crônico: Tal qual Macunaímas modernos, brasileiros tomaram as ruas e repetiram à sua maneira o diagnóstico feito pelo herói criado por Mario de Andrade: “Pouca saúde, muita saúva/Os males do Brasil são”. Boa parte dessa revolta se alimenta das denúncias recorrentes da imprensa sobre o estado dos hospitais e da falta de médicos, principalmente no interior país. Como a publicada pelo “Extra” em 2008 sobre o Hospital Central do Iaserj, que, apesar de ter recebido investimento de R$ 50 milhões, não tinha sequer centro cirúrgico em atividade.




3. Educação

Longe do ideal: O brado por mais educação que ecoou na voz de um milhão de manifestantes pelo país inteiro é uma reação a uma realidade que os jornais vêm denunciando permanentemente. Em sua edição de 1º de abril deste ano, “A Folha de S. Paulo” destacou a queda do rendimento no aprendizado em Matemática nos alunos da rede pública entre o 5º e o 9º ano do ensino fundamental, segundo a Prova Brasil, exame do governo federal. Especialistas apontaram como causas para o desempenho pífio tanto o déficit como a má formação de professores.





4. Corrupção

SEM cadeia: Ao longo de quatro meses e meio em 2012, a imprensa se dedicou à cobertura daquele que é chamado o maior julgamento da história do Supremo, o do mensalão, sobre o esquema de compra de votos de parlamentares. E o caso continua em pauta, como atesta reportagem de “O Estado de S.Paulo” de abril, sobre a possibilidade de recursos darem a mensaleiros condenados direito a “novo julgamento”. Mais de meio ano após proferidas suas sentenças, nenhum mensaleiro cumpre pena, reforçando sentimento de impunidade que tomou conta das ruas.


5. PEC 37

Incentivo à impunidade: Em 16 de junho deste ano, O GLOBO estampou em editorial o seu temor em relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que impede procuradores e promotores de Justiça de investigar crimes, deixando essa missão exclusivamente para forças policiais: “É inquestionável que cassar parte do espaço de atuação do MP significa enfraquecer o Estado no combate à corrupção”. Alertas como esse ganharam os principais meios de comunicação, preocupados com a manutenção da impunidade.



6. Partidos

Em baixa: O crescente afastamento dos partidos políticos dos eleitores e o desvirtuamento dessas siglas vêm sendo tratados pela imprensa, que também abriu espaço para o debate sobre uma reforma política que melhores a qualidade da nossa democracia. No início de junho, O GLOBO mostrou como alguns partidos tornaram-se uma verdadeira ação entre amigos: pelo menos 150 parentes de políticos ocupam cargos de direção nessas agremiações, sendo pagos com recursos do Fundo Partidário, uma verba pública.





7. Transporte

Freada brusca: O grave quadro dos transportes já era denunciado pela imprensa bem antes de gerar o grito inicial de protesto das manifestações que tomaram conta do país. Em abril deste ano, por exemplo, dois repórteres do site G1 testemunharam a precariedade das estradas brasileiras acompanhando durante quatro dias, ao longo de 2,3 mil quilômetros, caminhões que levavam soja de Sorriso, em Mato Grosso, até o Porto de Santos. Um mês antes, O GLOBO mostrara como o governo, em um ano, reduzira em R$ 4,3 bilhões o seu investimento no setor.

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