CARTA DA EDITORA | MARTA GLEICH
Como será o Brasil pós-manifestações? O que está sendo pedido? O que é possível atender e como?
Desde terça-feira, para tentar responder a essas perguntas, Zero Hora vem publicando a série #COMOFAZ. Inspirada nos cartazes levantados nos protestos, reportagens em profundidade abordam os temas mais frequentes, ouvindo especialistas.
Já foram publicados os temas redução das tarifas de transporte público, melhores escolas, convocação de uma Constituinte, PEC 37, combate à corrupção, saúde de qualidade, reforma política, melhorias no Interior, Copa do Mundo.
Uma das missões de um jornal é justamente abrir suas páginas para o debate de soluções para problemas da comunidade. Neste momento em que o Brasil clama por mudanças, Zero Hora se propõe, além de cobrir os fatos do dia – as passeatas, a reação do Executivo e do Legislativo etc. –, a espelhar as reivindicações das ruas e discutir, com fontes especializadas nos assuntos, como viabilizar as mudanças.
Nesta edição, publicamos, à página 12, um resumo da série. Você também encontra a íntegra das reportagens no site zhora.co/comofaz2706
Você já espiou a nova ZH TV? Desde o final de semana passado, Zero Hora organizou seus conteúdos multimídia em um novo canal. Ali, o usuário encontra histórias do cotidiano, entrevistas, notícias, comentários dos colunistas. Há desde vídeos-minuto, com notícias curtas, até webdocumentários, além de uma programação semanal que inclui Pós-jogo ZH, com Luiz Zini Pires, na segunda-feira; Papo de Economia, com Bela Hammes, na terça; Conversa de Elevador, com Tulio Milman, na quarta; No Mundo das Lutas, com Caju Freitas, e 1 Minuto pro Fíndi, com os jornalistas do Segundo Caderno, na quinta; Receita Gastrô, com Bete Duarte, na sexta, e zh.doc, uma videorreportagem completa com análise de um dos principais assuntos da semana, no sábado, apresentado pela editora Marlise Brenol. Confira em www.zerohora.tv.
A leitora Solange Giacomini enviou um e-mail criticando a forma como utilizei seu nome e sua pergunta na semana passada. Para os leitores entenderem, baseei a carta numa pergunta que ela fez ao colunista Tulio Milman (“Alguém deste jornal poderia me explicar por que o povo pode se manifestar em todas as ruas, só na Ipiranga que não?”) e na resposta do jornalista, dizendo que não há nada contra manifestações pacíficas em frente ao jornal, mas que havia informações de grupos que queriam invadir e incendiar o prédio de Zero Hora, onde trabalham centenas de pessoas.
A pedido de Solange, publico aqui sua mensagem: “Por um lado, fico muito feliz de que um e-mail, com uma simples pergunta, tenha inspirado uma jornalista a escrever uma carta. Por outro, fico triste ao ver que te apropriaste de um e-mail particularmente enviado ao Tulio, deturpando-o e manipulando-o (isto é o que eu considero vandalismo da palavra) para colocar as tuas ideias. Talvez seja por este tipo de jornalismo que o jornal seja um alvo dos manifestantes. A forma com que abordaste o assunto faz crer que aprovo vandalismos e o silêncio da imprensa. Se, porém, tivesses lido, ou se ele tivesse te mostrado minha resposta ao e-mail dele, verias que sou totalmente contra qualquer tipo de vandalismo ou violência contra ninguém e, neste ninguém, inclui-se a imprensa, pois vocês não são diferentes e somos todos iguais. A pergunta foi simples e não citava nem jornalistas nem a RBS. Lamentável que tenhas tomado para si o que era público, já que na Avenida Ipiranga existem milhares de pessoas além dos funcionários da RBS.”
Durante a semana, eu e Solange trocamos vários e-mails. Respeito sua visão. De forma alguma quis me apropriar de uma correspondência particular. Como diretora de Redação, não podia deixar de assumir a responsabilidade de responder, a ela e a outros leitores, à pergunta “alguém deste jornal poderia me explicar...”. Por isso resolvi transformar a questão em esclarecimento público. Mais uma vez quero agradecer a Solange pelo debate construtivo que tivemos durante a semana e pela oportunidade de apresentá-lo aos nossos leitores.
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