A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

INQUÉRITO INVESTIGA LÍDERES DE GRUPOS QUE ATUAM NAS MANIFESTAÇÕES



ZERO HORA 27 de junho de 2013 | N° 17474

CINCO IDENTIFICADOS. Inquérito investiga líderes


Polícia Civil instaurou ontem inquérito por formação de quadrilha tendo como foco inicial cinco pessoas identificadas.

Oinquérito policial investiga supostos líderes de grupos que atuam nas manifestações visando a fazer depredações e saques a lojas.

A apuração também quer separar os suspeitos por tipo de participação: quem age apenas no planejamento e quem vai para as ruas concretizar o vandalismo.

A partir do perfil de quem foi preso nas manifestações anteriores, policiais têm agora um novo receio: de que possa haver pessoas com arma de fogo em meio aos manifestantes. Outra linha de investigação que ganhou força esta semana, segundo a polícia, foi em torno da suspeita de que integrantes de grupos anarquistas tenham participado de ações de vandalismo. Na quinta-feira passada, a Polícia Civil havia cumprido mandado de busca e apreensão na sede da Federação Anarquista Gaúcha (FAG), em Porto Alegre. No local, foram apreendidos produtos inflamáveis, documentos e até uma lista com endereços de órgãos de segurança – batalhões da Brigada Militar e de delegacias de polícia.

Conforme o delegado Marco Antonio Duarte de Souza, que conduz as investigações, fotos e filmagens estão embasando o trabalho. A polícia apura quem é um jovem, que aparece em diversas imagens – em dias diferentes – fazendo depredações. O jovem, segundo o delegado Marco, segue a linha de uma cartilha distribuída pela internet na qual há orientações sobre como vândalos devem agir se capturados pela polícia: sempre negar atos de violência.

Outro documento que circulou na internet e foi entregue de mão em mão nos protestos também contém orientações sobre como agir, o que carregar no dia das manifestações e que alvos atacar.

Para identificar suspeitos, a polícia conta com informações oriundas do disque-denúncia e repassadas por informantes. Outra forma de tentar a identificação é cruzando as imagens com fotos de pessoas com antecedentes policiais ou criminais.

ADRIANA IRION



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