A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

MANIFESTAÇÕES EM PAZ


ZERO HORA 24 de junho de 2013 | N° 17471


O FUTURO DOS MANIFESTOS

A onda de protestos em todo o país não deu trégua no final de semana – mas o tom foi outro.

A maioria das manifestações foi pacífica e centrada em reivindicações pontuais, como: investimentos em saúde e educação, combate à corrupção e rejeição da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que retira o poder de investigação do Ministério Público.

No Rio de Janeiro, um pequeno grupo acampou desde sexta-feira diante da casa do governador Sérgio Cabral, onde discutiu sua pauta de reclamações com moradores. No final da tarde de domingo, juntaram-se a eles cerca de 4 mil manifestantes que haviam percorrido a orla em protesto à PEC 37. Até o fechamento da edição, não havia registro de violência.

Em São Paulo, cerca de 30 mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista no sábado. Segundo a Polícia Militar, o perfil dos manifestantes foi diferente do que foi visto nos últimos dias, com muitas crianças com suas famílias. Elas também levaram um ar mais tranquilo a uma manifestação em Brasília, após atos de vandalismo na quinta-feira. Na manhã de domingo, cerca de 200 crianças de várias idades se manifestaram em frente ao Congresso. Acompanhadas dos pais, levaram cartazes com dizeres contra a corrupção e por educação e saúde de qualidade.

Em Fortaleza, onde jogaram Espanha e Nigéria pela Copa das Confederações, o cenário foi tenso. Cerca de 500 pessoas fecharam a entrada do Aeroporto Internacional Pinto Martins até o final da tarde. Os manifestantes haviam deixado a Avenida Carlos Jereissati depois de quase três horas de protestos. No local, carros de duas emissoras de televisão foram pichados e repórteres, hostilizados.

No Estado, a principal manifestação ocorreu no sábado em Santa Maria, onde 30 mil pessoas pediram redução nas tarifas de ônibus e lembraram as vítimas da boate Kiss. Um pequeno grupo se dirigiu até a Câmara de Vereadores para pichar a fachada do prédio. Manifestantes contrários ao vandalismo tentaram impedir e houve um princípio de confusão. Após discussão, todos deixaram o local. Na Capital, dezenas de pessoas protestaram no Parque da Redenção, especialmente contra a PEC 37.

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