A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

PROTESTO NA PRAÇA DA MATRIZ EM PORTO ALEGRE




ZERO HORA  27 de junho de 2013 | N° 17474


PROTESTO NA CAPITAL. Encontro será na Praça da Matriz

Símbolo dos três poderes, a Praça da Matriz é o local escolhido para a quinta-feira de protestos em Porto Alegre, a partir das 18h. O governador Tarso Genro disse que vai liberar o local, desde que o movimento seja pacífico.

A rotina de manifestações às segundas e quintas-feiras mantém-se hoje em Porto Alegre, mas com uma novidade. Em lugar de programar a concentração para o entorno da prefeitura, o Bloco de Luta pelo Transporte Público definiu a Praça da Matriz como ponto de encontro.

Com a mudança de endereço, os organizadores esperam levar suas reivindicações para a frente do Piratini. Formado por partidos de esquerda como o PSTU e o PSOL e por uma série de sindicatos, coletivos e entidades estudantis, o bloco tentou chegar à sede do poder estadual nas duas últimas manifestações, mas não obteve sucesso. Na quinta-feira passada, outros grupos de esquerda, tidos como mais próximos do PT, conseguiram conduzir a marcha para a Avenida Ipiranga. Na segunda-feira, o acesso ao Piratini foi impedido pela Brigada Militar.

A ida para a Praça da Matriz tem um caráter simbólico (palco de manifestações históricas, ela abriga, além do Piratini, também o Palácio da Justiça e a Assembleia Legislativa) e uma motivação prática, de protestar contra o governador Tarso Genro.

Nesta quinta, o movimento Porto Alegre Vai Parar não realizará um ato concomitante. Este grupo, que se define como apartidário e é considerado de coloração direitista pelos militantes de esquerda, vinha focalizando sua mobilização na rejeição à PEC 37 e à corrupção – causas que não constavam da pauta que deu origem à onda nacional de protestos.


A visão do Bloco de Luta pelo Transporte Público


Os preparativos - Além da convocação pelo Facebook, o bloco está distribuindo panfletos em pontos de ônibus e universidades. Uma assembleia do DCE da UFRGS foi marcada para hoje, e a ideia é que os estudantes já fiquem concentrados para o protesto. Os organizadores querem dar um tom lúdico à manifestação, com a presença de grupos musicais e teatro de rua.

Concentração na Praça da Matriz - Nas duas últimas manifestações, o bloco tinha o objetivo de chegar ao Piratini. Na quinta-feira passada, outros grupos conseguiram levar a marcha à Avenida Ipiranga. Na segunda, a BM bloqueou os acessos ao palácio. Desta vez, as organizações resolveram escolher a praça que simboliza os três poderes como ponto de encontro.

Número de participantes - Na página do Bloco de Luta no Facebook, 6 mil haviam confirmado presença até ontem à tarde.

Vandalismo e saques - Pessoas que aproveitam a situação para realizar ações criminosas são vistas como resultado das desigualdades sociais. O bloco entende que não cabe ao manifestante fazer papel de polícia.

Trajeto - Está em aberto. O plano é realizar a manifestação na própria Praça da Matriz. Se houver algum impedimento, a concentração pode ocorrer na Esquina Democrática e ser seguida de uma caminhada.

Recomendação para os manifestantes - O bloco sugere levar vinagre ou máscaras de médico, para amenizar os efeitos de gás lacrimogêneo.

Confronto - Os manifestantes acham possíveis novos confrontos, porque identificam na Brigada Militar o objetivo de reprimir o protesto.

Fonte: Lucas Fogaça, da Assembleia Nacional de Estudantes-Livre (Anel), integrante do Bloco


A visão do comando da Brigada Militar


Os preparativos - Durante o dia de ontem, o comando da Brigada Militar realizou várias reuniões para discutir a estratégia de ação e a distribuição dos seus efetivos. Como nas ocasiões anteriores, haverá PMs em pontos considerados mais visados. Detalhes sobre a operação são mantidos em sigilo.

Concentração na Praça da Matriz - O comando da Brigada Militar não dá como certo que o início do protesto ocorrerá diante do Palácio Piratini, mas estará presente para proteger o local.

Número de participantes - A Brigada Militar trabalha com uma estimativa de 15 mil manifestantes. Até ontem à tarde, 6 mil pessoas tinham confirmado presença nas páginas do Facebook.

Vandalismo e saques - O comando diz sempre esperar que não ocorram depredações e que seu objetivo é garantir o direito de quem deseja participar. Mas atuará para evitar ações de vandalismo. Quem infringir a lei será detido.

Trajeto da marcha - A BM trabalha com todas as possibilidades e acredita que, na segunda-feira, o trajeto sofreu uma mudança no meio do caminho.

Recomendação para os manifestantes - O comando pede que o movimento organizado identifique pessoas que criem tumulto e comuniquem à polícia. Não aconselha que impeçam a ação de arruaceiros, para evitar agressões.

Confronto - Segundo o comando, a BM não deseja confronto e tem trabalhado ao máximo para evitá-lo, mas terá de agir se houver riscos à segurança, como em caso de agressões ou saques. A corporação está atenta ao crescimento de criminosos entre os manifestantes e vai incrementar o policiamento.

Fonte: tenente-coronel Eviltom Pereira Diaz, chefe da comunicação social da Brigada Militar







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