A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

NOITE DE PROTESTOS ACABA EM VIOLÊNCIA


ZERO HORA 12 de junho de 2013 | N° 17460

TARIFA EM SÃO PAULO. Revoltado com o reajuste, grupo depredou prédios e enfrentou tropa da PM


Após mais de quatro horas de uma peregrinação que começou na Avenida Paulista, atravessou o centro de São Paulo e voltou para a Paulista, o terceiro e maior protesto do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento das passagens de ônibus, trem e metrô, ontem, terminou em confrontos e depredação. A Praça da Sé teve prédios pichados e depredados. Ônibus foram danificados.

Pelo menos duas pessoas ficaram feridas, incluindo um policial militar, e cerca de 20 teriam sido presas até as 23h30min.

Por volta das 21h50min, os manifestantes colocaram fogo em lixo para fechar uma pista da Paulista. Eles quebraram vidros de agências do Itaú, do Bradesco e da estação Trianon-Masp do metrô, que teve a entrada fechada. Ônibus, orelhões, lojas e base da PM também foram vandalizados. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo.

Mais cedo, o grupo destruiu lixeiras, pontos de ônibus e vidros de pelo menos nove agências bancárias, da Sé à Paulista. No Largo de São Francisco, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) foi pichada. Na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, houve confusão quando o professor de uma academia de ginástica tentou impedir o vandalismo.

Entre 10 mil e 12 mil pessoas participaram da manifestação, segundo a Polícia Militar (PM).

A tensão aumentou quando manifestantes ameaçaram invadir o Terminal Parque Dom Pedro. Ônibus foram depredados e integrantes tentaram queimar um trólebus e uma caçamba de lixo. Foi quando a Tropa de Choque começou a atirar balas de borracha e bombas. Milhares de manifestantes que desciam a Avenida Rangel Pestana voltaram para a Sé devido ao gás lacrimogêneo lançado.

A marcha, engrossada por representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e alas jovens do PT e do PSOL, além de estudantes de outros Estados, foi marcada por bloqueios da PM em pontos-chave.

Líderes do movimento incentivaram manifestantes a realizar novos protestos hoje. Outro ato está marcado para quinta. A campanha começou na quinta-feira, com um protesto que fechou a 23 de Maio, a Paulista e a 9 de Julho. Na sexta-feira, a Marginal Pinheiros foi bloqueada. Nos dois dias, também houve confronto com a PM.

No dia 2, a passagem em São Paulo foi reajustada de R$ 3 para R$ 3,20.


REPETIR O RS, PORTO ALEGRE, ABRIL - 
Faixa em São Paulo, no dia 6, lembrou a capital gaúcha - Após manifestações contra o reajuste da passagem para R$ 3,05, decisão judicial suspendeu temporariamente o aumento. O fato foi exaltado como exemplo por manifestantes em São Paulo.

Um comentário:

Gabriel Correia disse...

O atrito, o conflito, o confronto, podem ser consideradas coisas naturais de uma sociedade complexa que abriga ainda muita injusta como é a nossa. E nesse sentido é sempre um engano pensar que se pode estar de fora só colhendo frutos.
O lamentável mesmo neste casos recentes é perceber que é mais pretexto para baderna, sem uma finalidade que realmente valha apena. É coisa que não ajuda em nada, da turma do "Se hay gobierno,soy contra"
Quem diria. O que mais está me chamando a atenção de forma positiva é a atuação da policia de maneira geral agindo com energia mas sem covardia. A covardia veio do cidadão comum que acelerou seu carro para cima dos jovens. E isso é o que resume esse confronto, os desesperados contra os sem noção. Lamentável!