A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

PRESIDENTE CONVOCA REUNIÃO EMERGENCIAL

ZERO HORA 21 de junho de 2013 | N° 17468

TENSÃO NO PLANALTO


Depois de acompanhar os protestos no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff decidiu convocar uma reunião de emergência para as 9h30min de hoje com seus principais ministros para discutir os efeitos das manifestações.

No encontro, a presidente avaliará relatos da extensão dos atos. A partir daí, será decidida uma nova conduta de governo, como medidas ao alcance do Ministério da Justiça e um pronunciamento oficial da presidente.

Dilma só fez uma referência pública aos protestos, na terça-feira, durante o lançamento da proposta do Código de Mineração. Disse que apoiava as manifestações pacíficas. Na hora em que Dilma deixava o Planalto, o Itamaraty era atacado pelos manifestantes. O palácio presidencial estava protegido fortemente por policiais e Exército.

Devem participar da reunião de hoje os ministros Gleisi Hoffman (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Aloizio Mercadante (Educação), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais). Há a informação de que Dilma poderia ser aconselhada a convocar o Conselho da República, um órgão para assessorar o chefe da nação em momentos de crise, presidido por ele e composto pelo vice-presidente da República, os presidentes da Câmara e do Senado e líderes da maioria e da minoria no Congresso.

Mais cedo, Dilma havia decidido cancelar a visita ao Japão na próxima semana. Ela embarcaria na segunda-feira. A presidente avaliou que não deveria sair do país neste momento de instabilidade tanto no cenário internacional quanto interno.

Ontem, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PR-PR), comandou uma reunião dos líderes partidários. “O presidente em exercício e os líderes partidários manifestam o reconhecimento da Câmara em relação às manifestações pacíficas que estão acontecendo nos últimos dias no Brasil. Este movimento da cidadania é legítimo e gera esperanças de um revigoramento republicano”, diz a nota dos parlamentares. Líder do PSB, Carlos Sampaio (SP) deixou a reunião sem assinar o texto e disse que os manifestantes não esperam nota oficial e sim “mais postura e uma pauta propositiva de matérias de interesse do povo”.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu com três estudantes da Universidade de Brasília (UnB) para tentar mediar um encontro com líderes do movimento. Porém, não houve definição.

– A maior demonstração que o parlamento pode dar como casa do povo é estabelecer uma nova agenda em função das manifestações – disse Renan.

Dilma acompanhou as manifestações do Planalto e decidiu chamar os principais ministros para avaliar medidas



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