A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sábado, 22 de junho de 2013

CONFRONTO ENTRE PM E MANIFESTANTES NA PORTA DO AEROPORTO DE CUMBICA


PM e manifestantes entram em confronto na porta do aeroporto de Cumbica. Trânsito complica nas estradas; grupo de jovens também protestou em frente ao Instituto Lula

O GLOBO

Atualizado:21/06/13 - 23h36

Em Guarulhos, manifestação fecha os dois sentidos da Rodovia Presidente Dutra TV Globo / Reprodução


SÃO PAULO. Em diversos atos nesta sexta-feira por São Paulo, manifestantes fecharam rodovias, bloquearam avenidas, protestaram em frente ao Instituto Lula e entraram em confronto com a Polícia Militar na área externa do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. Passageiros e funcionários ficassem reféns dentro do terminal, sem poder entrar ou sair.

O aeroporto fechou as portas depois que um grupo de 8 mil pessoas marchou pela Rodovia Presidente Dutra, até chegar ao terminal. Passageiros com voo marcado tiveram de descer de táxis e carros particulares e seguiram a pé por quilômetros, muitos carregando bagagem. Carros parados na Dutra foram alvo de arrastão.

— Ninguém consegue sair, estamos todos presos aqui — disse ao GLOBO uma comissária de bordo que preferiu não se identificar e que havia acabado de chegar a Cumbica, no início da noite.

As portas do aeroporto foram fechadas e a Tropa de Choque da PM montou um cordão de isolamento. O quartel da Aeronáutica em Cumbica também ficou de prontidão. A GRU, empresa que administra o aeroporto, informou que as pessoas foram aconselhadas a não deixar o local porque não havia meio de transporte, já que a Rodovia Hélio Smidt, que leva a Cumbica, estava fechada pelos manifestantes.

As lojas do saguão do aeroporto também fecharam as portas. Pelos alto-falantes, a administração aconselhou que os passageiros subissem para o segundo piso do terminal, já que os manifestantes estavam no térreo. As partidas de, pelo menos, três voos domésticos e três voos internacionais estavam atrasados às 21h. A TAM informou que não cobraria taxa de remarcação das passagens para os voos marcados para esta sexta-feira. Por volta das 22h30, a PM usou bombas de gás lacrimogênio para liberar o local. Os manifestantes responderam com pedras, mas deixaram o local.

Além desse protesto, seis rodovias foram alvo de manifestações em São Paulo. Na Régis Bittencourt, cerca de mil pessoas participaram do ato, fechando o trânsito nos dois sentidos. Carros da Polícia Rodoviária e da Polícia Militar acompanharam à distância. Não houve registro de incidentes, a não ser o congestionamento do tráfego.

Outro grupo fechou a Rodovia Castello Branco, na cidade de Barueri, por volta das 18h. A Tropa de Choque foi chamada e houve confronto, com policiais lançando bombas de gás para liberar a pista. Cinco pessoas foram presas, segundo a PM, por depredação de patrimônio público. O Rodoanel e a Raposo Tavares foram alvo de protestos. Também foram registradas paralisações na Anchieta e na Imigrantes.

Na capital, manifestantes interromperam o trânsito ainda na Radial Leste, principal via de acesso entre o Centro e a Zona Leste da cidade. Nos dois sentidos, homens, mulheres e crianças levavam cartazes e seguiam em direção aos bairros.

No bairro do Ipiranga, cerca de 500 jovens seguiram em marcha do Museu do Ipiranga até a sede do Instituto Lula. Ficaram cerca de meia hora no local e dispersaram sem registro de qualquer incidente.

Já no Centro da cidade, um grupo de cerca de 500 pessoas — gays, na grande maioria — protestou contra o projeto do deputado Marco Feliciano chamado de “cura gay”. Drags e casais homossexuais discursaram contra o projeto, com palavras de ordem, mas de forma pacífica. O grupo seguiu para a Avenida Paulista e, por volta das 22h, se desmobilizou.

Em outro protesto, 7 mil pessoas fizeram uma passeata da Zona Leste até o Centro.

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