FOLHA.COM 07/06/2013
Metrô processará manifestantes da av. Paulista; moradores estudam ação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 17h20.
O Metrô de São Paulo informou que vai acionar a Justiça para ressarcir os danos ao patrimônio público causados durante um protesto contra o aumento das tarifas do transporte público realizado na avenida Paulista na noite de ontem. A companhia estimou os prejuízos em R$ 73 mil, sendo R$ 68 mil em vidros quebrados e R$ 5.000 com luminárias danificadas.
Segundo o Metrô, as estações Brigadeiro e Trianon-Masp, da linha 2-verde, tiveram os vidros de seus acessos quebrados e, junto com a estação Consolação, foram fechadas enquanto os manifestantes passavam pela região, para evitar riscos aos usuários. A estação Vergueiro, da Linha 1-azul, teve um de seus acessos fechado devido à depredação em seu interior, que resultou em um agente de segurança do Metrô ferido levemente.
A Associação Paulista Viva também estuda abrir um processo judicial contra os organizadores do protesto na região central de São Paulo, conforme apurou a Folha. A associação informou que pretende ressarcir o dinheiro gasto na reconstrução das cabines de segurança usadas pela Polícia Militar, conhecidas como supedâneos.
A associação afirmou que defende os direitos da livre expressão, mas "repudia veementemente os atos de vandalismo e depredação de patrimônio público e privado ocorrido ontem".
A Paulista Viva registrou que parte de seus bens foram depredados. As cabines são da associação foram destruídos ou danificados após serem tombados, pichados ou incendiados.
Em nota, o Movimento Passe Livre, que organizou o protesto, disse que exerce seu "legítimo direito de se manifestar" e as depredações só começaram quando os manifestantes sofreram "repressão brutal" e violenta da Polícia Militar. O grupo disse ainda que não incentiva a violência, mas "é impossível controlar a frustação e a revolta de milhares de pessoas com o poder público e com a violência da Polícia Militar".
Há um novo protesto marcado para hoje, às 17h, no largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
Leandro Moraes/UOLAnteriorPróxima
Manifestantes protestam contra o aumento tarifas de ônibus, metrô e trens da capital paulista; ao menos 30 ficaram feridas durante protesto, segundo manifestantes Leia mais
CONFRONTO
Após bloquear avenidas, o protesto de ontem terminou em confronto com a Polícia Militar e atos de vandalismo na região central.
O ato levou à interdição de vias como 23 de Maio, Nove de Julho e Paulista na hora de pico. Estações de metrô foram depredadas e fecharam.
No centro e na Paulista, manifestantes quebraram vidros e placas, picharam muros e ônibus, atearam fogo em lixo, provocaram danos a um shopping e ao Masp.
O Metrô estimou o prejuízo em R$ 73 mil e que vai "responsabilizar e acionar judicialmente os autores por danos ao patrimônio público, para que os contribuintes e demais usuários não tenham que arcar com o custo desse lamentável episódio".
REAJUSTE
As passagens dos ônibus, metrô e dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que eram R$ 3, foram reajustadas para R$ 3,20 no último domingo (2). O reajuste foi de 6,7%. No caso do ônibus, cujo valor da passagem não era corrigida desde janeiro de 2011, o valor ficou bem abaixo da inflação acumulada no período.
O IPCA, medido pelo IBGE e base da inflação oficial, acumulou 15,5% desde o último aumento da tarifa. O IPC, da Fipe-USP, 12,8%. Os índices foram calculados até abril --os números de maio não foram fechados.
No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Desde então, o IPCA acumulou 7,8%, e o IPC, 5,9%. (FELIPE SOUZA)
Metrô processará manifestantes da av. Paulista; moradores estudam ação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 17h20.
O Metrô de São Paulo informou que vai acionar a Justiça para ressarcir os danos ao patrimônio público causados durante um protesto contra o aumento das tarifas do transporte público realizado na avenida Paulista na noite de ontem. A companhia estimou os prejuízos em R$ 73 mil, sendo R$ 68 mil em vidros quebrados e R$ 5.000 com luminárias danificadas.
Segundo o Metrô, as estações Brigadeiro e Trianon-Masp, da linha 2-verde, tiveram os vidros de seus acessos quebrados e, junto com a estação Consolação, foram fechadas enquanto os manifestantes passavam pela região, para evitar riscos aos usuários. A estação Vergueiro, da Linha 1-azul, teve um de seus acessos fechado devido à depredação em seu interior, que resultou em um agente de segurança do Metrô ferido levemente.
A Associação Paulista Viva também estuda abrir um processo judicial contra os organizadores do protesto na região central de São Paulo, conforme apurou a Folha. A associação informou que pretende ressarcir o dinheiro gasto na reconstrução das cabines de segurança usadas pela Polícia Militar, conhecidas como supedâneos.
A associação afirmou que defende os direitos da livre expressão, mas "repudia veementemente os atos de vandalismo e depredação de patrimônio público e privado ocorrido ontem".
A Paulista Viva registrou que parte de seus bens foram depredados. As cabines são da associação foram destruídos ou danificados após serem tombados, pichados ou incendiados.
Em nota, o Movimento Passe Livre, que organizou o protesto, disse que exerce seu "legítimo direito de se manifestar" e as depredações só começaram quando os manifestantes sofreram "repressão brutal" e violenta da Polícia Militar. O grupo disse ainda que não incentiva a violência, mas "é impossível controlar a frustação e a revolta de milhares de pessoas com o poder público e com a violência da Polícia Militar".
Há um novo protesto marcado para hoje, às 17h, no largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
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Manifestantes protestam contra o aumento tarifas de ônibus, metrô e trens da capital paulista; ao menos 30 ficaram feridas durante protesto, segundo manifestantes Leia mais
CONFRONTO
Após bloquear avenidas, o protesto de ontem terminou em confronto com a Polícia Militar e atos de vandalismo na região central.
O ato levou à interdição de vias como 23 de Maio, Nove de Julho e Paulista na hora de pico. Estações de metrô foram depredadas e fecharam.
No centro e na Paulista, manifestantes quebraram vidros e placas, picharam muros e ônibus, atearam fogo em lixo, provocaram danos a um shopping e ao Masp.
O Metrô estimou o prejuízo em R$ 73 mil e que vai "responsabilizar e acionar judicialmente os autores por danos ao patrimônio público, para que os contribuintes e demais usuários não tenham que arcar com o custo desse lamentável episódio".
REAJUSTE
As passagens dos ônibus, metrô e dos trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que eram R$ 3, foram reajustadas para R$ 3,20 no último domingo (2). O reajuste foi de 6,7%. No caso do ônibus, cujo valor da passagem não era corrigida desde janeiro de 2011, o valor ficou bem abaixo da inflação acumulada no período.
O IPCA, medido pelo IBGE e base da inflação oficial, acumulou 15,5% desde o último aumento da tarifa. O IPC, da Fipe-USP, 12,8%. Os índices foram calculados até abril --os números de maio não foram fechados.
No caso do Metrô e dos trens, o último reajuste ocorreu em fevereiro de 2012. Desde então, o IPCA acumulou 7,8%, e o IPC, 5,9%. (FELIPE SOUZA)
Um comentário:
Nestes recentes casos de protestos que aconteceram Brasil a dentro. Um aspecto me chamou a atenção. A ausência de casos de excessos na conduta policial. Note que a ação correta da policia permite visualizar com clareza os reais vilões da estoria, os vândalos travestidos de manifestantes.
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