A mobilização social é um vigoroso instrumento de defesa de direitos e poderoso para pressionar os Poderes no exercício de seus deveres, obrigações, finalidade pública, observância da supremacia do interesse público, zelo dos recursos públicos e gestão voltada à qualidade de vida do povo. Não existe um futuro promissor para uma nação de cidadãos servis e acomodados que entrega o poder aos legisladores permissivos, a uma justiça leniente e aos governantes negligentes, perdulários e ambiciosos que cobram impostos abusivos, desperdiçam dinheiro público, sonegam saúde, submetem a educação, estimulam a violência, tratam o povo com descaso e favorecem a impunidade dos criminosos.

sábado, 22 de junho de 2013

MINUTOS DE BRUTALIDADE


ZERO HORA 22 de junho de 2013 | N° 17469


O CRIME PELA TV

Uma reportagem que ocupou cerca de quatro minutos na edição de ontem do Jornal Nacional, da Rede Globo mostrou imagens exclusivas de atos criminosos que surgiram do protesto de quinta-feira no Rio de Janeiro

Do protesto que tomou conta das ruas do Rio de Janeiro no final da tarde de quinta-feira emergiu um grupo criminoso que, por onde passou, deixou um rastro de destruição e amedrontou quem foi se manifestar pacificamente. Uma reportagem na edição de ontem do Jornal Nacional mostrou, em cerca de quatro minutos, imagens chocantes dos que depredaram lojas e agências bancárias, derrubaram postes, viraram carros e incendiaram vias da cidade.

A marcha saiu da Igreja da Candelária, com aproximadamente 300 mil pessoas. Ao chegar à sede da prefeitura, o caos se instaurou: manifestantes entraram em confronto com a Polícia Militar (PM), jogaram pedras que encontraram pelo meio do caminho. Os PMs responderam com armas de efeito moral. Uma agência dos Correios teve os tapumes de proteção arrancados. O cercamento metálico de outro prédio foi partido e usado como escudo no confronto contra os policiais.

A alguns quarteirões de distância, o Terreirão do Samba virou local de uma grande fogueira. Banheiros químicos foram carregados para o meio da rua, quebrados e incendiados por manifestantes com camisetas enroladas na cabeça e máscaras. A fumaça preta tomou conta da região.

Também houve fogo na Central do Brasil, onde postes que sustentavam radares foram derrubados e quebrados com pedaços de paus. As pedras das calçadas portuguesas viraram armas para atingir a tropa de choque da PM, que fazia um cordão de isolamento. Um dos homens que enfrentava a polícia vestia uma camiseta com a frase “Ódio puro concentrado” grafada nas costas. As placas com as indicações das ruas, orelhões, letreiros de lojas foram alvo dos vândalos. Vitrines de agências bancárias foram quebradas e cortinas de ferro, retorcidas. Um andaime foi derrubado, computadores de uma instituição financeira foram levados. Nas calçadas, junto dos estilhaços de vidro, havia móveis de estabelecimentos invadidos. As placas arrancadas das ruas também serviram de material para quebrar portas e equipamentos eletrônicos.

A esquina das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas foi outro cenário de guerra. Uma barreira foi formada com sacos de lixo, combustível para mais um incêndio. Agências bancárias, como uma da Caixa, foram destruídas.

Próximo dali, na Praça Mauá, nem ônibus com passageiros foram poupados. Vidraças laterais e para-brisas eram quebrados por encapuzados, enquanto os usuários, assustados, tentavam se proteger. Veículos eram apedrejados e derrubados.

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